18 dezembro 2007

Tic tac tic tac tic tac

Quando a pessoa quase guarda uma banana no armarinho do banheiro, qual o diagnóstico?

...

Calma, eu tô bem. Quase guardei, não cheguei a guardar efetivamente.
Ao menos te fiz sorrir?

11 dezembro 2007

Equação de pangaré

Depois que nadei no Lami com água lisinha e calminha, achei absurdamente fácil nadar em piscina. Nadei no Lami não... me debati de um lado pro outro, é verdade, tentando me achar naquela escuridão a cada vez que mergulhava a cabeça.

Esses dias, nadei no Lami agora encrespado pelo vento. Marolas a todo momento me perguntando por que diabos eu insistia em entrar água adentro. De novo, nadar não foi bem o termo... rsrsrs. Mas serviu para eu achar o Lami lisinho e calminho muito mais razoável, menos temível.
Será uma (r)evolução?

Nada como dificultar as coisas qdo elas parecem difíceis para que algo nelas pareça fácil. (ãh?)

Como numa equação, em que X é o meu desafio atual e Y meu limite até conhecer o Lami.
E ainda: P = Piscina, LL = Lami lisinho e LC = Lami crespo

Y = P
X = LC

LL = 2Y
LC = 3Y

X = P + LL
ou...
X = Y + 2Y
ou seja...
X= 3Y, que é o mesmo que dizer: X=LC, já que LC = 3Y

03 dezembro 2007

Déjà vu ao contrário

É muito comum o déjà vu, aquela sensação de já ter visto tal cena/estado em tal lugar/sentido tal coisa.
Aliás, um parêntese. Sabe que existem mais de 40 teorias tentando explicar esse fenômeno? Soube disso enquanto escrevia esse post. Googlei sobre o tema. E sabe que o primeiro cientista a estudar isso foi um francês em... caramba, 1876! Cientista francês, logo, déjà vu assim, em francês, que quer dizer "já visto".
Fecha o parêntese.
O motivo desse post: às vezes, tenho a sensação exatamente contrária da do déjà vu. Sempre com palavras. Quer dizer, já me ocorreu com cores/tonalidades em objetos*, mas é mais freqüente com palavras.
Déjà vu é aquela sensação de ter visto, estado, sentido algo que tua cabeça sabe que tu não viu, não esteve, não sentiu antes. Sensação prum lado, cabeça pro outro. Fez-se o nó (e 40 teorias a respeito... fora a tua, a minha...).
O meu déjà vu ao contrário é que às vezes olho pruma palavra e é como se a visse pela primeira vez, embora eu saiba que já a vi milhares de vezes. Sei lá, é como se achasse estranho o desenho das letras, valorizasse mais uma vogal ou outra que passou despercebida por anos...
Esses dias foi com a palavra água. Olhei pra ela e pensei, nossa, água, assim com acento no a, como águia, mas sem o i. Vira água. Aquele gu ali no meio: é como se nunca o tivesse notado.
Agora há pouco foi com a palavra tampouco. Tam. Pouco. Que é isso?!?!?!? Esse tam ali no meio. Am? Tampopo, o filme. Tão pouco. Muito pouco?
Prazer, tampouco. Nunca te vi, sempre te li.


*lembro do dia que percebi pela primeira vez, depois de uns dois anos, flores amarelas no desenho de uma almofada. Elas têm o mesmo tamanho das demais, mas só as vi muito tempo depois de notar as outras. Dois anos depois. Será que eu tenho problemas? E eu já contei que troco o 7 pelo 4 e o 4 pelo 7?
aiaiai, deixa pra lá.

27 novembro 2007

Ah, a delícia de pensar (e escrever!) bobagens

parte 1
Já tinha pensado no que vou escrever aqui e aconteceu que hoje eu vi o outdoor da peça de teatro pela cidade. Me refiro à peça "Homens de Perto", que todo ano por essa época volta para os palcos. O nome, presumo, é uma alusão ao filme "Homens de Preto". Eu acho, porque nunca vi a peça. Já vi o filme, mas isso não ajuda nada.
E o que tenho de fenomenal a dizer é o seguinte.
Há homens de preto na esquina da rua da minha casa. Muitos homens, totalmente vestidos de preto. E como a esquina é quase na frente da minha casa, porque meu prédio quase fica na esquina, esses mesmos homens de preto também são homens de perto. Literalmente de preto. Literalmente de perto.

parte 2
E tem também aquele estacionamento no final (ou no começo) da Oswaldo Aranha, lá na curva antes de a gente mergulhar no túnel da Conceição, rumo à rodoviária. O estacionamento Peters Park.
E o que tenho de fenomenal a dizer é o seguinte.
Diz aí: "Peters Park". Diz, não adianta só ler. Diz em voz alta: "Peters Park". Sacou?
Acho engraçado que a sonoridade do nome de um estacionamento lembre a sonoridade do nome de um super-herói. Porque se há uma coisa de que os super-heróis não precisam é de carros, nem de estacionamentos. Sobretudo o Homem Aranha.

19 novembro 2007

Segunda-feira...


Comecei o dia tão... tão... tão... digamos, fora da casinha. Pensativa, buscando explicações pretensamente filosóficas sobre as coisas e... eis que vem da cozinha um barulho estranho. Ou melhor, um não-barulho, um silêncio estranho e sem lógica, porque eu tinha acionado a máquina de lavar, e era para estar fazendo barulho, muito barulho!
Estragou. A máquina. Com água dentro. Aiai...
Nada como acontecimentos comezinhos como esse para fazer a gente parar de viajar na batatinha, lembrar que o que importa é bem real e está bem ao lado da gente. Enfim, pra fazer a gente voltar pra casinha, deixar a filosofia pra quem pode. Tocar a vida, até porque hoje é segunda-feira.
Boa semana pra ti.
A foto? Não tem nada a ver com este post.
:)

09 novembro 2007

De ser único

O Sebastião é talvez a pessoa mais original que eu conheço. No sentido de não se parecer com alguém, no sentido de se destacar do lugar comum. Claro que tem aquele papo auto-ajuda que diz que todos somos únicos e papapá. Mas a maioria das pessoas precisa fazer esforço pra ser única, sei lá por que - e esse esforço às vezes se limita a se anunciar ao mundo como única, o que é um saco. O Sebastião não: ele precisa se esforçar é pra tentar ser igual a todo mundo, porque o contrário é de sua natureza - sem anúncios, sem propagandas. Ainda bem. Por isso, minha visita ao blog dele é regular. Sempre vale a pena.
Pra quem é jornalista ou publicitário e principalmente pra quem não é, recomendo dois dos post recentes, escritos em duas sextas-feiras desse mês 11 (dias 2 e 9). Procura aqui.


05 novembro 2007

E pra descer, é por trás?

Primeiro dia de bilhetagem eletrônica em parte dos ônibus de Porto Alegre. Fase inicial, começando com os idosos. Meninos, eu vi.
Eu vi:

- embarques demorados
- aquela área pré-roleta lotada, porque ficou menor, só há três assentos agora por ali...
- senhoras distintas trancarem a roleta achando que tinham o cartão, mas não tinham
- senhores e senhoras se esforçando para enxergar o visor azulado da bilhetagem (é realmente um pouco ruim a visibilidade, eu achei, imagina com 70 anos...)
- senhoras discretamente envaidecidas por poderem avançar ônibus adentro, algo tão corriqueiro para gente e hoje tão especial para elas (a primeira vez!), que sempre se empoleiravam às costas do motorista
- também vi senhoras se negarem a passar a roleta, pedindo pra descer do ônibus na parada seguinte, não adiantando o pobre do cobrador explicar que todos os carros da linha exigiriam o mesmo dela...
- vi cobradores serem ofendidos...
- vi senhoras tentando ajudar senhoras/senhores: sim, os promotores da mudança colocaram como guias/orientadores nos ônibus pessoas igualmente mais velhas... Talvez para criar uma identificação com os usuários atingidos pela mudança, não sei... Mas a mim pareceu apenas duplicar o problema: quem ajudava era tão pouco ágil como quem precisava de ajuda...
- e mais do que vi, ouvi a frase do dia (que resume bem a epopéia que foi para os idosos andar de ônibus hoje). Depois de passar a roleta e se acomodar, disse a senhora lá do fundo do ônibus (é tão estranho ver senhoras no meio do ônibus, no fundo deles, ao teu lado no banco!!!): "E pra descer, é por trás?".

04 novembro 2007

Tropa de Elite e Cartola

Uma semana depois de ver Tropa de Elite, assisti hoje ao filme Cartola. Mais ou menos assim:
fui de...
"Tropa de elite/osso duro de roer
pega um/ pega geral
ainda vai pegar você"

para...
"Chega de demanda/Chega!
Com este time temos que ganhar/Somos da Estação Primeira
Salve o Morro da Mangueira"


Fiquei pensando em como o morro carioca pode render diversas versões. Ou ao menos duas, bem diferentes. E ainda que tão distintos e distantes, os personagens principais de um filme e de outro se assemelham: você não vira filme, não faz história, não muda o curso das coisas, não recria o mundo a sua volta se optar por seguir as regras.
É verdade que não me parece ser uma opção. Tem muita gente que segue as regras porque não sabe fazer outra coisa, não vê outra opção, nem cogita, por absoluta incapacidade criativa. Assim como tem gente que só consegue burlar a regra, fazer do seu jeito, porque não sabe agir de outra forma. É essa gente, com esse impulso despretensioso, muitas vezes torto, passível de críticas, mas genuíno, verdadeiro, é essa gente que vira filme, vira história, faz o mundo. Pro bem ou pro mal. Seguir uma verdade muito íntima cria arte, como em Cartola. Seguir uma verdade muito íntima cria heróis e/ou anti-heróis, como em Tropa de Elite. E, veja bem, eu não tô falando de personagens felizes. "Ser" a história não tem nada a ver com viver a felicidade. Como diz Peter Parker, o Homem Aranha: "com grandes poderes, vêm grandes responsabilidades".

***
Bem, mas os filmes...
Em Tropa de Elite, não tô nem aí sobre a discussão de quem financia o tráfico, se os boyzinhos da zona sul ou o "sistema". O que gosto no filme são os exemplos de que as grandes decisões da vida só são tomadas quando algo mexe profundamente com a emoção da gente. E isso vale pro favelado e pro boyzinho. Somos incapazes de grandes atos se não formos empurrados para eles com a força da dor ou do amor.
Gosto do clima documentário tb: todos parecem não saber que estão sendo filmados.


Cartola é um filme sobre gente simples, desapegada, sobre as quais todo mundo adora ouvir histórias, saber que existiram, mas ficaria meio assim se fossem da própria família à época. Sacumé? Carlos Cachaça, por exemplo, cujo 'sobrenome' diz muito: saía para fazer feira e voltava três dias depois. Um filme de boêmios. Teriam eles lugar no mundo de hoje? Enquadrados como? Aliás, os 'nomes' e sobrenomes dizem muito sobre como levavam a vida: Heitor dos Prazeres, Nelson do Cavaquinho, Paulinho da Viola, Cai n'água, Madame Satã... O depoimento do Pelão - que produziu um disco do Cartola - e a descrição de como o samba nascia nas quadras das escolas são pelos menos dois dos trechos que valem o filme.

31 outubro 2007

O meu, o teu, o nosso MSN

Vai dizer que tu, q tem MSN, já não se viu perder alguns instantes pensando que frase escrever ali do lado do teu nome ou tentando entender o que seus amigos/contatos querem dizer com as deles?
O barato da Internet é tudo o que ela é sem ter prometido que seria. Essa brincadeirinha da frase ou dos emoticons no MSN é um exemplo. O que é MSN? Um meio instantâneo e virtual de falar com as pessoas. E o que a gente faz com isso? A gente personaliza. Faz disso um draminha, no sentido de contar histórias por ali. Humaniza o negócio.
Tua lista de contatos rende uma história se juntar todas as frases escritas ali - principalmente quando a gente não entende absolutamente nada do que está dito ali.
Já se ouve por aí, quando alguém comenta algo sobre amigo em comum: "ah, é, eu vi no MSN dele"

Na lista de meus contatos hoje estavam estas. Olha a viagem!

...Adeus Santa Maria. Floripa me espera
...Copa 2014. Venha você também para essa roubada
...Já dá para abrir um tinto?
...Quando o dia chega, me vejo em realidade e com os pés no chão, agora sou verdade
...Clube do Panettone
...Rumo ao Equador
...Deu nó na madeira
...Mais um: dia 8/11 Mesa de Cinema, no Épico, com Rubens Ewald Filho
...Ei Al Capone, vê se te emenda. Já sabem do teu furo, nego, no imposto de renda
...Na escolinha hj, reunião de pais
...La vida es mas compleja de lo que parece
...Tem duas palavras que abrem todas as portas: puxe e empurre
...Video de como mandar material ao Inema
...Pés no chão e decisão
...Não julgues e não serás julgado
...Become Insane - XBox 360 is coming back
...Não dá mais
...Sul Folia/15 nov na Ulbra, Canoas
...O papo é reto
...Feliz, Praia, sol...
...Seleção de estagiário para 2008
...Uli + Laurinha!!! ...rriririririr. ui! que bom que foi só um susto grande. Tia, TE AMO
...Dando aula
...O importante é dar vida aos anos e não anos à vida
...Brindo a casa, brindo a vida, meu amor e minha família!
...Se puder, mude. Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante
...Cavera!
...Que tal não voltar?




12 outubro 2007

Christopher

Já contei aqui que um dia meu ex-chefe (ele não gosta q eu me refira a ele assim, porque ele acha que é mais do que meu ex-chefe) chegou pra mim dizendo que acabara de ler um livro cujo personagem principal se parecia muito comigo?

Não, claro que não contei aqui. Não sei por que comecei assim. Ok.

Bom, pois ele chegou pra mim um dia e disse isso. E disse mais. Disse que eu ia me identificar com o Christopher. Esse é o nome do personagem principal. E não parou por aí. Perguntou se eu não queria ler. E claro que eu quis. E eu li. E de fato eu me identifico com o Christopher. É espantoso!

Daqui a pouco eu transcrevo aqui algum dos trechos com os quais me identifico muito.
E, bem, do que se conclui que o meu ex-chefe deve ser mais do que meu ex-chefe mesmo, porque ele me conhece!

O Christopher é autista.

11 outubro 2007

Autocrítica

Esses meus post andam fracos, hein? Eu já fui mais criteriosa para publicar aqui... q coisa.
O da 101ª postagem, então, não resiste a uma segunda leitura. E texto bom tem de resistir a muitas releituras. É assim. Tem que valer ler de novo. Que nem filme, que nem livro, que nem novela.

10 outubro 2007

Eu sou free


Então, eu sou free.

E descobri que trabalhar free lancer significa...


... conviver com uma casa bem mais bagunçada - afinal, fico mais tempo nela

... ter mais tempo para curtir a vida, mas não ter tanto dinheiro para isso (ok, não está faltando, mas a gente nunca sabe...)

... ter menos garantia de grana, mas tempo a mais para inventar coisas pra fazer que custam dinheiro

... ir e vir de bicicleta e treinar corrida no meio da tarde

... ter planos para os feriadões porque, de fato, eles existem aos montes, quase embolados!

... pensar: "bem, garota, o que vc quer da vida afinal?"

... abanar para ex-colegas: eles no carro da empresa, você pedalando de short e camiseta

... conhecer melhor os hábitos dos vizinhos!

... cogitar a adoção de um cuscozinho, why not?

... estar preparada para avaliar propostas de trabalho a qualquer momento

... ter de descobrir quanto vale o que é capaz de fazer - pra poder cobrar!

... meter-se em furadas - e pensar: ai, tudo bem, minha chefe sou eu

... fazer novos amigos

... sentir-se completamente perdida, mas sem um pingo de arrependimento (ainda!).




***


Falando sério agora

Olha lá nesse link (http://www.prettexto.blogspot.com/). Quando caparam a Beira-Rio, pro desfile de 7 de Setembro, eu achei estranho mesmo, comentei com amigos. Pô, pra cavalo passar eles tiram canteiro central e quebra-mola!?! Que função por causa de um troço que vai durar poucas horas, se isso. Mas eu pensei mais na questão da grana, porque custa gente, tempo e dinheiro fazer o que eles fizeram. Fiquei pensando em um monte de rua e viela precisando tapar buraco e os caras lá, aplainando a Beira-Rio para cavalo passar... Ok, não é o cavalo passar, é a tradição do desfile e tal... Mas por que fizeram ali então?!?!?

Bem, mas nesse link tu tens uma outra visão da história: a visão do atleta de rua, justamente quando fecham agora, dia 12, dois anos de morte de um ciclista lá na Beira-Rio - morte esta que deu o que falar porque o cara era conhecido... se fosse um pangaré... bom, mas isso é outro assunto.






01 outubro 2007

A 101ª

Às vezes, não se trata de desistir ou de não ter iniciativa, nem de parecer indiferente.
Às vezes, se trata apenas de confiar na vida.

Tem coisas pelas quais a gente espera. E tem coisas pelas quais a gente espera muito. Coisas e coisas. Coisas que a gente espera q aconteçam e coisas que a gente gostaria muito q acontecessem. Quando elas coincidem (tem esperança no desejo e muito desejo na esperança), podíamos usar a palavra ESQUERO.
O que você esquer muito?

A vida vai bem. Tem sol lá fora e faz calor.

Essa é 101ª postagem deste blog.

09 setembro 2007

Fotos da festa aqui

Dos 50 anos, 12 eu vi um pouco mais de perto. Curti a festa me despedindo.
Dá um medinho, mas agora eu vou.
***
Nem sei como voltei pra casa. Só lembro de sentir frio no jeep.
Loraine, Loraine, Loraine... Não faz mais isso, tá?
Tá.
Promete?
...
Promete?

01 setembro 2007

Nadei e corri



1.000m de natação, tão ansiosa que matei quase todas as viradas olímpicas + 5,7km de corrida, pelas ruas do Menino Deus, de maiô e tênis, só, me achando a tal - tá, eu não gostei de ver as gurias me ultrapassando na corrida, mas...

Bah, eu adorei. Foi domingo passado. Só congelei depois de terminar, porque saí zunindo pra ver a prova da elite. Por razões que a própria razão desconhece eu precisava ver a prova, torcer por alguém especial. Eu acho que inconscientemente eu tava agradecendo a 'ele' a oportunidade. Se não fosse ele, eu nunca teria me sentido tão bem correndo de maiô pelas ruas vazias de um domingo de inverno feio e friozinho.

Mostrei as fotos a algumas amigas. Uma delas me perguntou sobre eu estar em uma competição, cruzando pórtico de chegada com um numeral preso à cintura: "Como tudo isso começou, Loraine?". Eu apenas sorri, e não disse nada. Mas pensei: foi por amor.
Piegas? Ah, leitor, não enche. Vai ver se eu tô passando na esquina, correndo, só de maiô.

Não há a menor chance de 'ele' ler isso aqui. Covardia minha? Não. Na primeira oportunidade, quando eu sentir que ele vai entender, eu vou agradecer pessoalmente.
Mas o que eu queria mesmo é um dia fazer que nem o Santi fez com a Vanessa. E, depois de cruzar a linha de chegada, ofegante, pedir 'ele' em namoro no microfone do Manske. Ele ia achar o "ó". Por isso, ia ser engraçado. Uauaaauaauaauau.


Explicações e correção

Ok, eu ando muito displicente com as minhas coisas. Como esse bLOg querido, tão eu. Mas, tb, o sr-deus-supremo-do-universo-virtual-sir-Google não tem colaborado. É uma lenda pra entrar aqui, desde que caí na burrice de abrir conta Google pra sei-lá-o-que... Ele nunca aceita minha senha, tenho sempre de dizer que esqueci, mas eu não esqueci, só pra poder entrar de novo. É irritante você se perder em janelas que se redirecionam em círculo. Por outro lado, mostra que o Google não é perfeito.
Leu isso, big boss? Vc não é perfeito. Você não entende que eu sou eu. Enfim, ufa, vc é uma máquina burra. O mundo ainda não está perdido.
Eu tenho uma capacidade infinita de recriar senhas - e qto vc? -, mesmo tendo de dizer que a esqueci, quando na verdade eu não esqueci. A gente se adapta às regras.


Antes de prosseguir dando vida a este blog, me dei conta há um tempão q escrevi errado uma palavra no post "Um Jeito". Fiquei pensando as pessoas lendo ali ("as pessoas", como se eu tivesse muitos leitores) e dizendo: 'nossa, a loraine escreve errado'. Eu odeio escrever errado. Falar errado tb. Porque eu acho que sei escrever, e acho que sei falar, ainda que pouco. Então, quando a gente erra uma coisa que acha que sabe fazer bem, a gente fica assim, como eu fiquei, envergonhada. E braba.
Acontece que é justamente a palavra errada que me permitiu gozar, rir do meu post no comentário (sim, eu mesma me comentei). E o comentário ficou melhor do que o post! Então, como faço agora? Se corrigir a palavra, salvo o post, mas mato o melhor dele, o engraçadinho comentário.
Entre o português e o bom humor, eu fico com o bom humor, tá?
Deixa escrito errado. Vcs entenderam.

24 junho 2007

Pororoca

Assisti só agora à Pequena Miss Sunshine. Fazia tempo que não via um filme que a cenas em que tu te mata rindo são rigorosamente as mesmas em que tu te mata chorando. As mesmas. Sensações que existem como sendo antagônicas viram simultâneas. Uma pororoca.
Mas tem um erro nesse meu comentário, q vou corrigir. Pequena Miss Sunshine não é de matar de rir ou de matar de chorar. Mas fazer a correção não desmerece o filme, pelo contrário.
Quero dizer que Pequena Miss Sunshine não provoca a manifestação ostensiva das sensações ou sentimentos de quem o assiste. É tão sutil, tão simples, tão maravilhosamente despretensioso que tu ri e chora com consistência mas sem necessariamente uma explosão. Tu ri e chora como se estivesse olhando um retrato antigo seu ou de sua família, de uma situação que já passou, mas que marcou, portanto, viva. Aí, se chora e/ou se ri serenamente.
A emoção talvez tenha a ver com cumplicidade, a arma maior do cinema. No caso desse filme, somos todos cúmplices nessa percepção subliminar de que a vida é o que acontece enquanto estamos nos empurrando pra frente (empurrando a kombi, como no filme...) na busca de um objetivo, um sonho. Que a vida são os revezes e tb as soluções encontradas, e que o ponto de chegada depende dessa transformação que se dá no caminho.
E acho que é o que sentimos ao ver uma boa fotografia antiga. Tem nas mãos a recordação e, na consciência, o que aconteceu depois daquela cena. Tem nas mãos o que tu era e tu sabe o que se tornou. Aí, tu chora porque se dá conta que talvez não tenha sido bem essa a idéia inicial, mas também ri porque é benevolente com o que foi capaz de ser e pensa que, se voltasse no tempo, talvez não mudasse tanta coisa.
Enfim, é nessa hora q a pororoca é meio inevitável.


02 junho 2007

Um jeito

Bonita, inteligente, até engraçada, sabe ser envolvente, insinuante. Mas é triste. Uma tristeza nata, endêmica. Tem o olhar triste. Falta brilho. E não tem nada mais repelente do que a tristeza.

13 maio 2007

Então, a mãe do Santi gritou meu nome

10km é quase nada, mesmo para quem não corre, imagina para os praticantes. Então, se eu te disser que corri 10km, tu não vais dar bola. Se eu dissesse que não consegui correr 10km, aí tu ias achar alguma coisa. É como o Gauchão pra Inter e Grêmio. Se perde, fica chato. Se ganha, não fez mais que a obrigação.
Então, eu ter completado o percurso de 10km só é importante, passível de valorização, por uma única pessoa: eu mesma. A vida é assim em vários outros aspectos: tem coisas que você faz e só haverá uma pessoa para aplaudir, incentivar. Você mesmo. Esporte e vida têm muitas possibilidades de analogia. A atividade física é muito instintiva. Acho que por isso nosso jeito de ser fica tão evidente. Bastou meio semestre de ginástica olímpica na faculdade para o professor me chamar num canto e dizer: “Sabe por que tu não consegues fazer os exercícios, Loraine? Porque tu não confia em ti”. Tchóóóin!
Bom, mas o assunto não é esse...
Vamos à corrida. A de 10km, que eu completei numa manhã de domingo dessas. Eu e um monte de gente, claro.
O que eu mais lembro daquele dia: de respiração. Há muitas respirações: a tua, a do cara que vai do lado, do cara que vem te atropelando, do cara que está atrás e não vai te passar, do cara que tá na frente e tu não vai ultrapassá-lo, do cara que tu deixa pra trás... Depois, acho que o som mais marcante é o que vem dos pés, da passada no asfalto. Da metade da prova em diante, isso tudo continua, mas no meu caso eu passei a ouvir mais a minha própria respiração e a minha própria passada. É como se todo o resto não existisse. E, no meu caso, eu passei a falar comigo mesmo, mentalmente. Perguntava: joelhos, vocês estão bem? E vocês, pulmões? Pensava no movimento do braço... meu corpo virou uma gigantesca área de pesquisa, e esqueci do resto. Te juro, às vezes tinha a impressão que meus ouvidos tinham sido tampados, tamanho o interesse que eu tinha pelo que vinha do meu corpo, e não do entorno. (Acho até que no final senti uma peninha de não ter curtido mais, olhado mais em volta... algumas pessoas conversam entre si...)
Quando me aproximei do fim, vi o pórtico de chegada, não sei como é com os outros, mas algumas preocupações evaporaram, o fim estava ali, estava tudo bem, entende? Meio que como mágica, quis correr mais. Quis correr o que achei que não podia quando faltavam 2km pro fim. E se deixasse, vibrasse mesmo, corria mais mesmo!
Foi nessa hora que eu ouvi a mãe do Santiago gritar meu nome. Isso foi muito engraçado, eu nem sei por quê.
Foi nessa hora que vi a véia de cóqui, na minha frente, se aproximando do fim também. Ela percebeu minha aproximação e apertou o passo. Eu achei isso genial. Não valia absolutamente nada para nenhuma das duas, mas eu e ela, por segundos, apertamos o passo para nos vencer. Distraída com isso, duvidando de que teria mais força que ela, ou por estar cansada mesmo, ou por não ser exatamente vibrante, não a ultrapassei, e cruzamos a chegada quase juntas, ela um pouco mais à frente. Um cóqui de vantagem.
Em casa, depois, fiquei pensando: por que não passei aquela véia?!?!?


****

Esses dias eu fiz um troço que, há um tempo atrás, eu jamais apostaria como provável que fizesse. E nem contei aqui! Deixei passar. Eu sou assim: totalmente antivibração. Que pé no saco...

Eu corri! 10km. Sem parar. E num bom tempo para quem mal dava seis voltas na pista de 400m há pouco mais de três/quatro meses.

Se eu fosse um pouquinho mais vibrante, até teria passado aquela véia de cóqui (cóqui!!) na reta final, rumo à chegada. Teria passado ela, mais umas duas, e meu tempo teria sido menor ainda.

Já explico melhor essa história. No post seguinte. Quer dizer, como eles (os posts) ficam de baixo para cima, você até já leu... Ta ali em cima. Eu não disse que sou antivibração? Até no blog.

*****

Tem uma coisa no jornalismo que pode ser fascinante, intrigante, irritante.
É isso:
O repórter chega algariado da rua e, depois de largar o bloco na mesa, assanhado pra escrever a história que está quentinha em sua mente, olhos e ouvidos, dá uma passada no bar da Redação. Para assentar as idéias, tomar um café. Ali, ele conta a pauta, a história para uma platéia cujo tamanho varia de acordo com a relevância do assunto que ele foi buscar, mas sempre há alguém prestando atenção. Aí, ele volta pra Redação.
E, no dia seguinte, a história que ele contou no bar é bem melhor do que a publicada no jornal.

Eu ando incomodada com o fato de o jornalismo se afastar tanto da vida real. Ok, sobra vida real em qualquer página do jornal, nem precisa se esforçar para procurar. Me expressei mal, eu acho. Eu quis dizer que o jornalismo anda longe do que realmente importa. É isso que sinto. Ou é uma impressão muito particular, algo ingênuo ou ignorante?

10 abril 2007

Lost

Tenho medo, muito medo. Não sei como, mas voltei a entrar neste blog. Repenso meus últimos passos... Eu estava lá no Simplificar É (http://pratiquesimplicidades.blogspot.com/) , porque ontem ele não me permitia responder a um comentário e, de repente, estou aqui de volta e... Enfim, nada tem lógica. Lost. Medo. Muito medo do Google.

17 fevereiro 2007

Os vizinhos

Não era o meio da noite ainda, mas eu já estava dormindo. Havia até sonhado, apesar de adormecido sem tranqüilidade. Pouco depois da 1h, fui acordada por eles.
Eu tinha ido dormir triste, chateada, acho até que fechei os olhos delicadamente, sem apertar as pálpebras. Acho que senti a pocinha de lágrimas ir até a beira, mas segurei, favorecida pela posição – de barriga para cima, nuca presa ao travesseiro, cabeça sem virar para o lado, o que faria esvaziar meus olhos (e permitir que se enchessem de novo).
Então, eles me acordaram. Nesse momento, lembrei de procurar em mim as lágrimas, mas os olhos estavam secos. Elas se foram – sem que eu as visse, ainda bem. No silêncio da rua, da minha casa, o som das vozes deles ganhava uma altura constrangedora. É como se estivessem na sala do meu apartamento. Mais: pareciam estar ali ao lado da minha cama. Fechei os olhos e virei para o lado, como que querendo deixá-los à vontade.
Desisto da discrição e prendo minha atenção no que dizem. Não é possível entender. Afasto a orelha do travesseiro, mas nem com os dois ouvidos a postos consigo entender por que discutem. É um casal, mas agora só ela fala. Há alguns minutos, é só a mulher quem fala. Grita. Chora. Sua voz às vezes vira um rosnar, sai da garganta, o final das palavras fica perdido em algum lugar. Já posso imaginar o rosto inflamado, lavado pelas lágrimas. O homem não falará mais até o final. Eu, pelo menos – talvez a rua inteira, o bairro inteiro –, não o escuto. E ela berra. Recupera o fôlego, segura o choro e, só nessas vezes, posso ouvir que fala em dinheiro, quantias, argumenta com datas.
Dizem que mulher é assim: guarda tudo, lembra de tudo para ser despejado na hora da discussão. Os homens não. Um cara que conheço, é verdade isso, leva na carteira um papelzinho branco, pequeno. Em letra miúda, de um lado ele lista todos os seus 'bens' que estão na casa da namorada; do outro lado, anota palavras-chave de situações que o magoaram e ele relevou ou algo assim; tudo para não correr o risco de esquecer na hora da briga derradeira, a que se desenhar como ponto final da relação.
Na minha cama, fiquei pensando como aquele casal que, de seu quarto (provavelmente), espalhava mágoa janela afora, enchendo a noite da rua e do bairro, se encararia no dia seguinte. Fiquei pensando sobre como um relacionamento se mantém depois de uma briga em que se diz tanto um para o outro. Fiquei pensando em recomeços. E eu acho que fui dormir de novo torcendo por aquele casal quase sem me dar conta. Eu queria acreditar que recomeços são possíveis depois que nos desesperamos. Eu precisava acreditar nisso. O casal vizinho não sabe, mas a desesperada e, de certa forma, corajosa discussão deles me ajudou a entender por que meus olhos se enchiam d'água outra vez.

06 fevereiro 2007

Falta de assunto (no banheiro)


Sabe umas mosquinhas (ou seriam mosquitinhos?) que aparecem no banheiro, de asinhas arredondadas, corpo inteiro praticamente virado em asinhas redondinhas, cinzas? Elas são meio que da cor das letras deste post, sabe? Parecem não ter cabeça, nem patinhas, bem pequenas, sabe? Você está ali no banho, olha pro lado e lá está uma, surgida não sei de onde, não sei a partir de quem, porque como podem se acasalar tão pequenas e frágeis?
Tentei o Google, atrás de alguma imagem, mas não sei o nome delas para fazer a pesquisa - e o google ainda não adivinha pensamentos... (O Fabiano achou !!! Obrigada pela contribuição!!! Olha a mosquinha de banheiro aí do lado.)
Entendeu de quais mosquinhas eu tô falando?
Bem, você já esmagou uma na parede do banheiro ou do box do chuveiro?
Elas são de grafite, não são?


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Pasta de dente é um troço que não acaba nunca, né? Tem-se sempre a impressão de que em algum canto há mais um naco de pasta para mais uma última escovada. Que coisa. Está ali, toda retorcida, porque foi espremida no dia anterior e também no dia anterior ao do anterior, porque vem sendo espremida há quase uma semana, e tu ainda acha que, no dia seguinte, haverá algo a sair de dentro daquele tubinho já desfigurado.
Fora as técnicas espertas... tem gente que usa o cabinho da escova de dente para alisar o tubo em todo o comprimento. Vem apertando aquilo, desde o fim, certo de que tudo foi empurrado para o bico... tem gente que enrola o tubo também, e vem esmagando com os dedos mesmo.
Mas tem um dia, tem uma manhã daquele dia em que tu tem certeza que vai resolver todas as pendências da tua vida, que simplesmente tu decide que acabou. Chega. E põe a pasta de dente no lixinho ao lado do vaso sanitário. É a primeira decisão de um grande dia, cheio de outras corajosas decisões como essa, tu tem certeza.
Se bem que, se espremesse mais um pouquinho daquele lado ali, talvez saísse um pouco mais de pasta...
Joga isto fora de uma vez, caramba.

22 janeiro 2007

O bar

Na ponta da esquina, era uma daquelas casas antigas, cuja construção usa tudo o que pode na frente, deixando a calçada bem estreita. De madeira, como as janelas, e estreita também, a porta alta, com uma espécie de janelinha no topo, bem onde a rua vira esquina e mira o cruzamento. Nada aponta que é um bar, a não ser a antiga placa da Coca-cola, que reserva um pedacinho, em letras pequenas, para o nome do lugar - é o nome de bar mais curioso que já vi.
Miudezas triunfantes.
Juro.

17 janeiro 2007

No aeroporto

Sábado de folga, dia 13. Vôo atrasado. Seqüenciamento de aeronaves. Decido achar um canto no chão para me sentar. A sala de embarque está cheia. Há pouco, eu havia recebido uma boa notícia. Meu primo iria para o mesmo lugar que eu no Rio, meu destino, se tudo desse certo. Isso significa que poderíamos nos encontrar e eu teria companhia. Mas o horário agora me preocupa e começo a pensar em um plano b. Desistir seria feio demais. Ligar para a agência de viagens e ver as possibilidades? Talvez elas não existam. É que, dependendo, pode não haver tempo para eu chegar a Niterói.

Vindo do lado direito, ouço uma história triste. Um homem e uma garota – que podia passar por sua filha, mas descubro depois que é sobrinha – avisam familiares do atraso do vôo. E começo a conhecer o motivo da viagem dos dois. Alguma jovem parente de ambos faleceu vítima de câncer. Vão para o enterro, em Curitiba – onde meu vôo faz escala. A moça falecida tinha acabado de se casar quando descobriu a doença, que agiu rápido. Ao conhecer o diagnóstico feroz, liberou o noivo/marido para partir. Ele havia deixado emprego em SP para começar nova vida ao lado dela. Começou, mas a vida se revelou curta depois do casamento. Parece que ele ficou junto dela até o fim.
Ok, me dou conta de que o mundo é bem maior do que meus problemas daquele instante, circunstanciais e tal... mas não consigo achar razoável o atraso (o problema ficaria ainda maior em Curitiba e eu perderia de vez a ida ao Rio).

Os que conversavam ao meu lado – o homem e um rapaz para quem era contada a história do falecimento precoce – agora falam sobre outra coisa. Nunca tinham se visto até então. Quanto tempo vai durar essa amizade?

Salas de espera devem ser os primórdios desse comportamento disseminado na Internet: falar com estranhos. Disparar um oi para alguém. Na rua, falamos com que não conhecemos? No mundo virtual, nos Second Life por aí, sim. Salas de bate-papo reais é o que são as salas de embarque de vôos atrasados. Ou melhor, as salas/os locais de qualquer coisa quando reúnem várias pessoas por um tempo.

Sabia que seria, de qualquer forma, um sábado diferente. Mas não há dúvidas de que não esperava tanto. Estou tensa. Nem só pelo atraso. Mas por haver uma discordância entre o que eu gostaria de fazer (voltar para casa, mas sem perder dinheiro ou a chance do teste para voluntária no Pan) e o que eu deveria fazer (tentar até o último minuto).

Tudo vale a pena se a alma não é pequena.
Acho que a minha é. Mas é bem verdade que tenho me esforçado para que ela cresça um pouco.

06 janeiro 2007

Quadros...

Por que na casa-de-praia o pudor das pessoas some ao decidirem pendurar coisas na parede?

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Por que na praia a gente topa qualquer coisa? Por quê? Tomar café ao meio-dia, almoçar às 17h, lembrar de tomar banho só às dez da noite, jantar (pão d'água com-o-q-tiver/sobrou) às 23h, ir ao súper de biquíni (ir ao súper em que as pessoas estão de bíquini, com seus corpos disformes e com restos de areia e bronzeador) -- que súper? ir ao mercadinho da esquina atrolhado onde se vende tudo o que tu imagina mas que nunca é encontrado na prateleira do corredor em que tu está... --, dormir de roupa onde sobrar lugar -- na cozinha, por que não?... --, colchões traiçoeiros, banheiro ensopado... e a decoração duvidosa na parede...

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Por quê? Por que tudo isso parece inconcebível, por que tudo isso é em geral impraticável a poucos quilômetros dali, na cidade?

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O que a praia revela de nós mesmos?

Bem juntinhas

Bem juntinhas
eu e a Búio