29 novembro 2008

Num futuro talvez não muito distante

Acontece, né, de a gente estar voltando pra casa e mentalmente procurar na geladeira ou nos armários o que tem para comer. Se não tem, já estica a pernada até o supermercado mais perto. E é aí que vem a pergunta: o que eu quero comer? Mas a resposta que eu queria era outra: o que eu deveria comer? 
Eu queria poder passar por uma porta do tipo detectora de metais, daquelas de agência bancária ou de sala de embarque de aeroporto, sabe?, para em instantes ela me dizer: "com base no que você comeu hoje e no que traz de outros dias, neste momento vc precisa de xx gramas de proteínas, xx gramas de carboidrato, xx de fibras, açucares, sais minerais etc..." 
E não pararia por aí. A porta essa, de repente instalada na entrada de supermercados, poderia ainda me dar uma relação de coisas à venda naquele lugar que supririam as minhas necessidades. Coisas prontas, claro.
Eu não quero mais nada, né?
Quero sim! Eu podia ainda ter um cartão magnético ou um chip com todos os meus gostos pessoais. Aí a porta essa, lendo o meu chip, relacionaria o que tem no súper com o que eu gosto. E eu ia direto no corredor certo.
Não é uma questão de preguiça... 
É uma questão de saúde. É a vontade de acertar o que o corpo precisa. De conhecer o próprio corpo. A gente deveria intuir o que precisa comer. Mas no corre-corre do dia-a-dia, fica difícil manter essa conexão. E rapidinho alimentar-se vira hábito ou mania. 
Pirei?
Mas não fazem raio X /exame quando a gente está doente? Minha porta do futuro é um pouco isso, só que atuando preventivamente. Me dizendo o que preciso, me ajuda a não ficar doente.
Mais alucinadamente, essa minha porta levaria em conta meu estado de ânimo também. Ou seja, ela não ia me dar apenas o resultado de um cálculo frio de nutrientes. Ela ia ver isso, mas também dar uma conferida naquilo-que-não-se-vê-nem-se-mede-só-se-sente. Quando fosse preciso, anunciaria "Vai lá, guria, compra aquele chocolate, que tu tá merecendo".

Eu estava lembrando esses dias que eu e minha irmã (gêmea) brincávamos de "Super Gêmeos, ativar! Forma de um...". A gente usava aqueles anéis grandões de plástico, que davam em pescaria de quermesse de igreja (lembra da pescaria?). Aí a gente ia pra trás de uma porta, encostava os anéis e... "Super Gêmeos, ativar! Forma de um... "
Ultimamente eu queria que essa brincadeira fosse de verdade, que esses anéis existissem... tanto quanto a porta essa sabe-tudo do súper.

26 novembro 2008

De perto, a normalidade nos confunde

Não gosto, realmente não gosto, de decoração de Natal. Pronto, falei.
Não gosto de massas. Prefiro pães, sempre. Não gosto de molho branco. Nem de cortinas (acho que é por isso que não gosto de andar de lotação). Gosto de batata frita fria e de água sem gás em temperatura ambiente (juntas, inclusive). E não consigo ficar muito tempo sem comer maçãs.
Não acho de todo ruim as pichações. Há algo de vivo, pulsante, numa cidade com pichações. E com varais de roupa (onde foram parar os varais de roupa?). Não gosto de salto alto nem de meia-calça. Sutiãs, eu aturo. E realmente não tenho paciência para uma pergunta típica dessa época do ano: "o que tu vai fazer no Natal e no ano-novo?". Até parece que a maioria das pessoas vai fazer algo muito espetacular ou diferente do que sempre faz nesta época do ano. 

Domingo passado foi seguramente um dos dias mais bacanas da minha vida. Mais felizes. Não teve peru, presentes, nem fogos de artifício. Foi bem simples: amigos por perto (= sensação de segurança), em meio à natureza (= sensação de liberdade), esforço e suor (= sensação íntima de poder), sol ( = sensação de que tudo vai dar certo) e a mistura do dever com o prazer. A certeza de que eu não queria fazer outra coisa que não aquilo mesmo.
Acho que sou normal.

24 novembro 2008

E o quéco?

O Marcelo Camelo (ãnh?) tá namorando a Malu Magalhães (who?). Do novo CD do Marcelo Ex-Los-Hermanos Camelo eu conheço UMA música e gosto só da parte em que ele não canta e apenas assobia (ok, valá, assoVia). Da Malu nunca ouvi nada. Minha única referência é que o cabelo dela, muderno, fica pro lado, todo pro lado, como se estivesse tomando um vento permanentemente. 
E daí?
Os dois namoram. 
E daí?
Bom, ele tem trinta-e-poucos e ela tem dezesseis-com-cara-de-doze. E daí que tem um monte de gente comentando. Tem quem analise a diferença de idades, tem quem analise se isso é notícia. Eu acho que é... Chato pra eles que é notícia, né? Desagradável mesmo, afinal, ninguém tem nada a ver com isso. Mas eu acho q é notícia porque ao menos faz as pessoas refletirem em cima de casos reais. Vai ver que os artistas e celebridades, com suas ditas vidas loucas, têm essa missão no mundo: indagar os "normais" com um Why not?.
Em geral, as certezas, as convicções balançam quando o fato em questão ocorre ao nosso lado - ou com a gente mesmo.
E balançar convicções é sempre saudável (desde que em algum momento, por algum período, alguém consiga parar o balanço; senão, enjoa). 
Fiquei pensando sobre certezas... Não é que elas não existam (como defendem alguns num discurso retórico muito cool mas pouco prático). Eu acho que algumas certezas têm mesmo data de validade, servem apenas para a gente atravessar aquele momento, aquele bosque, aquela ponte, aquele portal... Vc passa, entende, sobe um degrau e precisa abandonar algumas coisas para seguir em diante. (ok, não estou sendo muito original...) Nessa hora, uma certeza pode dizer adeus. E então não necessariamente precisa ser uma despedida do tipo cobrança ("puxa, Certeza, achei que você não me abandonaria") ou do tipo culpa ("bah, Certeza, seguinte ó, foi mal aí, eu me enganei e..."). Nem abandonos nem enganos. Pode ser uma despedida cheia de gratidão. Afinal, foi ela quem te levou até ali. 

Mas juro q não perdi muito tempo pensando nisso. Na real, qdo soube da "notícia", lembrei do Lobão numa seção da revista Trip em que os convidados comentam notícias da imprensa. Volta e meia ele respondia sobre tal coisa: "Caguei um balde". 
Adorei.
Lembra do "e o quéco?". E o quéco com isso.

22 novembro 2008

Desafio

Um dia ainda consigo fazer um post bem curtinho, como uns que vejo por aí.

...

(consegui. Ah, putz, tinha de ser bom? Curto e bom? Hmm...)
ps.: no jornalismo, dizem que escrever é cortar, tirar do texto. 

19 novembro 2008

Sonia

O meu se chama Sonia. Aqui perto tem o Montparnasse. Já vi Colosso e Triunfo. E lembro, assim, rapidamente, do Capitão Rodrigo e do Suzana.
Pordeus, quem dá nome aos prédios residenciais? Quem?
Sonia terá sido o grande amor da vida do engenheiro? Ou a mãe do arquiteto?
Será que a definição desses nomes usa a lógica da nomeação daqueles tornados/furacões da América Central? Ou seja, lógica nenhuma... hahahah
Daí eu lembrei que em Quintão, onde passei veraneios muuuuito legais na adolescência, as casas tinham placas com nomes. Porque, olha que legal, os terrenos eram meio ranchos, sabe? Quintão era uma mistura de campo e praia num só lugar. A nossa casa se chamava Mansão do Quintão. Ela era grande mesmo. Mas já tinha esse nome quando meu pai comprou. Aí veio a urbanização, e o nível da rua ficou mais alto do que o da casa. Quando chovia, alagava o pátio e parte da casa. (Bem, pode não parecer, mas a gente até se divertia, porque uma hora a água baixava e tudo ficava bem. Esteticamente era estranho, mas ok). Um dia à tarde, tinha chovido, e a casa lá, com seu laguinho particular do portão pra dentro. Então, passa um grupo de senhoras. Elas param, olham aquilo e desdenham "hmpf!, mansão do quintão?!".
Minutos depois vi meu pai tirando a placa.

***

A propaganda diz sobre o BarraShopping, que ficou pronto: "Você precisa passar aqui para ver".
Na boa, Fernanda Lima, não preciso não.
Daí eu lembrei que teve uma noite nos anos 80 (?) que minha família se bandeou lá da zona sul para "conhecer" o Iguatemi, uma "novidade" na cidade. Eu, criança, lembro que era longe, que era um prédio quadrado, como uma caixa, no meio do nada e que tínhamos de ver o tal do relógio. Mas lembro principalmente que usava umas botinhas e que fiquei muito cansada de caminhar. Então pensei: shopping cansa. E pra mim é assim até hoje de certo modo...

***

De que adianta, me diz, de que adianta eu comprar pães com essas sementinhas de que gosto tanto, como gergelim e linhaça, se grande parte delas cai da fatia e fica como farelos no prato? De que adianta? Então, nesse caso, o que você faria? 
Exatamente! É o que faço também: lambo a ponta dos dedos e fico catando as sementinhas como se os dedos fossem palitos ou aquelas lanças de juntar folha caída em parque... Dá também para pegar um pedaço de pão, passar margarina e usar esse lado "colante" para limpar o prato das sementinhas. Como se o pedaço fosse uma esponjinha. Ou os farelos fossem um restinho de sopa. 
Mas o que não dá é pra desistir das sementinhas, né?

aiaiaiii... aberta a temporada de postagens sem critério... 
O problema é a minha cabeça. Ela não pára. Será q se ela fosse atleta seria da elite? 

Sigo o baile, sigo o baile... daqui a pouco vem algo bom pra postar aqui. Brainstorm. Sementinhas.

(..horas depois...): mas afinal de contas quem é ou foi a Sonia?

16 novembro 2008

Um post tem o direito de ser ruim (neh, Tião?)

Bem que eu estava precisando de um diazinho chuvoso assim. Chuvinha mansa, sabe? Bem que eu tava. Mas amanhã o sol pode voltar, tah?

***

Juntos, os títulos das seções que coloquei nesse bLOg até parecem uma frase com sentido. Se vc tiver boa vontade. Na verdade, não faz sentido. Mas isso (a ausência) pode ser um caminho para se encontrar (vários) sentidos. Ó:
"Quem... lembra... um pouco de um monte de coisa... mais idéias por aí... e tem o seguinte... passaram por aqui."

Até rimou.

***

Acho que a energia de um show pode estar diretamente relacionada com a distância que estamos do palco, ou da fila do gargarejo. O show do REM corria engajado lá na frente e nós aqui, mais no fundão, nos divertindo mais entre nós mesmos. 
Uma das minhas amigas saltava, berrava mais quando via o Barack Obama no telão. E fomos todas obrigadas a concordar com ela: Obama, além de tudo, é gato. O silêncio dos guris talvez tenha sido uma concordância. Demais detalhes dos comentários femininos sobre o presidente americano eu vou censurar aqui.. hehehe
Se bem que, em termos assim, de chefe de estado "interessante", eu sou mais o salafra do Putin, o Vladimir Putin. Que ainda por cima mora na Rússia e foi agente da KGB, o serviço secreto. Hmmm... já pensou que trama, que cenários?

Ele não é mais presidente, né? É primeiro-ministro. Ah, leitor chato, não estraga minha historinha.

***

Boa vontade, leitor, boa vontade pra não achar este post tão ruim assim.

***

Já sei! O nome do meu cachorro vai ser Mark Allen. 
Metade dos leitores deste bLOg não sabe quem é Mark Allen. A outra metade sabe. Eu vivo nesse limbo, entre esses dois mundos. Cabe mais algum? Claro que sim.

Ah, é... ops, é verdade: eu não tenho um cachorrinho ainda.
Ai, leitorzinho-estragador-de-historinhas.

***

Boa vontade porque amanhã o sol estará de volta.

11 novembro 2008

Adoráveis malucos

Quem treina precisa de relógio. Acho interessante pensar sobre a relação que temos com a passagem do tempo.
No jornalismo tem muito também. Meu trabalho de conclusão foi sobre isso, sobre o tempo. Um tema maluco para o qual haveria um só professor (doidão) capaz de me orientar. E ele topou.
No jornalismo impresso, você escreve no presente para o futuro e sobre o passado. Doido.
E essa é só uma das possibilidades de reflexão (inútil heheh) que a relação jornalismo x tempo dá. Pra usar um exemplo bem simples: cobertura de partida de futebol, que em geral termina tarde pros deadlines de redação. O jogo acaba e há 10' ou 15' para fechar o texto (acertar o que dizer ao leitor + agradar ao editor) + escolher a melhor foto + editar a página (titulo/legenda/intertítulo/créditos/serviço) + revisar a pg (qdo o revisor faz uma pergunta cuja resposta vc não tem certeza, só pra complicar, afinal, revisar é pra isso) + revisar de novo (nem sempre dá tempo... muitas vezes, a pg já "foi" e a gente continua lendo ela...) e fim. Isso tudo com muita confusão em volta, barulho, telefone, comentários, gente dando opinião, pedindo opinião, o editor cobrando, o editor-chefe cobrando, os caras da rotativa (onde o jornal é impresso) te esperando... Esses 10' ou 15' parecem 1'.
E quando o editor diz me passa o texto AGORA, esse agora no teu ouvido parece um soco no estômago... hehehe que exagero. Nunca levei um soco no estômago pra saber...

Bom, mas treinar me fez repensar a relação com o tempo (vou dramatizar de novo, tá? licencinha...). Tipo: vc passa a valorizar cada segundo da vida depois de experimentar uma série forte intervalada. 10", 15" parecem tudo. O treino ensina isso. Um segundo pode ser comemorado. 30" é um intervalo longo, acredita? Pode acreditar: teu coração e pulmões agradecem.

Tem gente pouco, média e muito maluca pelo tempo nos treinos e competições. Deve ter a ver com as possibilidades de cada um. Mas é certo que, entre os atletas, eles vivem se medindo por esses segundos. Viu como tamanho não é importante? Importante é a duração... hahahah q engraçadinha.
Mas é uma preocupação com segundos tão maluca que, por exemplo, termina uma prova, dois amigos se encontram e, antes de eles se darem oi, largam: "em quanto tu fez?" ou "fez pra quanto?".
Seria mais ou menos como dois jornalistas se encontrarem no bar da redação depois de fechar a edição e, antes do oi, largarem: "e aí, qual foi teu lead?"

Mas são adoráveis malucos, os atletas e os jornalistas. Eu acho. Eu gosto.

05 novembro 2008

Obama é pop

Os EUA estavam escolhendo seu presidente desde, sei lá, ano passado? Com as tais prévias, obama x hillary e barará biriri (até então o incrível personagem McCain não tinha aparecido) - e a gente aqui fazendo q tava entendendo a dinâmica do negócio... (sim, sim, eu vou escrever sobre isso... hahahha, mas eu me acho né? uhuuu!! viva o b de bobagem)

falando em uhuuu, os comícios americanos são muito uhhuuu, né não? bandeirinhas, tudo padronizadinho, devia ter até cheerleader. Medo, medo.
daí eu lembrei do Chico Buarque dizendo aqui no horário eleitoral gratuito q queria estar em Porto Alegre pra votar na Maria do Rosário.... tsc tsc tsc. Ai, Chico, fala sério! eu queria ser americana para votar no Obama! hahahah, ok, já me contentava em estar no Rio pra votar no Gabeira!

mas, enfim, os EUA têm o primeiro presidente negro da história. Ou marrom. Ele mesmo q disse (esquece, Barack, nenhum jornal/mídia vai abrir mão de escrever/dizer negro).
eu rolei de rir foi do JN (tá, eu não rolei, foi força de expressão). O que aconteceu com o JN??? O que era aquilo de o Pedro Bial fazer um texto/crônica sobre os dois candidatos no maior estilo paredão BBB???!! Só faltou no final ele dizer "Se você quer eliminar o Obama, ligue xx xxx", "Se você quer eliminar o McCain, ligue XX xxx". E encerrou a matéria na segunda-feira com a música de Rocky, o Lutador. Meeeeudeus.

tá, tá, tá... já tô encerrando. peraí.

eu queria dizer que a vitória do Obama tem um "q" de Diretas Já. Um "q" de fim de regime militar. Será que neste momento tem uma fafá de belém made in USA cantando o hino em rede nacional, entre lágrimas? Lembra? Um "q" de caras-pintadas.
Um "q" de liberdade. Esperança? Seria isso? (aguardemos o JN desta noite...)
Q coisa... às vezes coisas nada a ver parecem muito a ver, vai dizer? (ou é só a gente "lendo" o fato com as referências das quais dispomos...)


obs.: depois do espetáculo obama x mcCain, me pergunto: onde é que a hillary tava com a cabeça de se meter nessa hein? E aquilo nas bochechas do mcCain é botox? Parece que tá de máscara... troço estranho. Já o Obama, com o rosto tão geométrico/anguloso, parece um boneco da Estrela. Tipo o namorado politicamente correto (porque negro/marrom) da Barbie. Tá, tá, fui.

03 novembro 2008

Pepinos

Tô com um pepino. Um não, dois e meio.
Dois pepinos e meio pra uma segunda-feira tá de bom tamanho, né?!
Não são grandes, mas são pepinos. E, como bons pepinos que se prezam, eu não sei o que fazer com eles.

Tão ali na geladeira.
Será que fatio e ponho sobre os olhos as rodelas, pra "tirar as olheiras"? Mas ainda assim sobrariam pepinos. O que me deu de comprar pepinos, hein? Alguém sabe como faz aqueles pepininhos fatiados agridoces que acompanham sushi/sashimi? Alguém? A parte que diz "fatiados" eu sei como é, ok?

Seguinte. Quer fazer uma pessoa cair em si? Deixa ela falar sozinha. Mas não fique indiferente. Seja atencioso e acompanhe a transformação. Ela vai falar, falar, falar. As palavras vão bater na parede imaginária que a pessoa mesmo criou com suas idéias/razões fixas e vão voltar para ela, pros ouvidos dela. Demora um pouco, mas finalmente a pessoa começa a ouvir o que ela mesma tá dizendo. Então, ela se acalma. Ou cansa. E como só ela fala, só resta a ela analisar o próprio discurso. E como você não diz nada, mas está ali, interessado, amigo, ela começa a procurar mais e mais palavras para explicar o que tá sentindo - até para impressioná-lo, para convencê-lo de sua razão. Daqui a pouco, ela começa a escolher melhor as palavras. Nesse processo, ela vai descascando o próprio pepino, chegando ao ponto que interessa. E então começa a intuir a solução.

É o princípio da terapia freudiana. Falar é terapêutico.
Fiz terapia um tempão e sempre achei gozado pagar alguém para me ouvir. Porque na prática é isso. Eu ficava pensando: será que nenhuma amiga/amigo pode fazer o que ele tá fazendo?
Alguém nos ouvir parece pouco, mas não é. Ouvir alguém com interesse, com empatia e compaixão, é uma coisa difícil, porque quem ouve e quer ajudar (ou se livrar do papo) se apressa a falar algo (talvez não seja por mal) , tenta logo contar algo que lhe aconteceu parecido... Até acho que pode fazer isso, mas tem de acertar o momento.
Fora que o terapeuta fica te olhando com aquela cara de "eu-sei-o-que-vocês-fizeram-no-verão-passado" e aí tu meio que te apressa em contar até o que tu nem sabia que sabia.

Falar é fácil. Difícil é fazer. Digo, ouvir.
Não, não. Acho que falar é que é difícil. Afinal, quem fala é que tá com o pepino pra resolver.
Ah, sei lá. Cada um com seus problemas, como diz uma amiga minha.

aiaiaiaiii, eu juro que abri essa postagem só para falar dos pepinos, os da geladeira. Por que enveredo sempre prum blábláblá??? Por queeeeeeeeê? Pronto. Um porquê é pai-e-mãe de todos os pepinos, os de resolver.

Bem juntinhas

Bem juntinhas
eu e a Búio