16 julho 2011

Todos queremos ser jovens


> Aspiracionais pra uns, inspiracionais pra outros. Aspirar e inspirar. Rende um texto.

> Identidades que transcendem o lugar onde são e onde estão. Rende um texto. (qualquer tema/assunto/fato local acomoda entrevistas com pessoas não-locais, de qualquer parte do mundo; pra muitos assuntos hj em dia, o lugar onde estamos não altera nosso acesso a opiniões e análises. No jornalismo, isso já foi mais definitivo)

> Conexões estéticas e comportamentais. Rende um texto. (conexões estéticas, por exemplo, me lembra coisas de categorias muito díspares e que têm design parecido. Tipo isso e isso.) (sobre conexões comportamentais eu penso no fato de o relevante ir para internet, mas também se originar dela, numa via de... mão dupla? mão dupla não seria algo do século passado? não estaríamos mais para lulas-moluscos, se pensarmos na nossa capacidade de alcançar e trocar coisas via websfera?)

> Modo não linear de pensar. (+) Tudo pode ser remixado. Rendem texto. (ou um não-texto. Ambas as afirmações têm a ver com esse post, sobre textos que rendem e que eu, de fato, nunca vou escrever, porque, refletindo a linguagem da internet, são muitos links se abrindo na minha cabeça. E, mesmo que eu vencesse a ansiedade que as novas ideias provocam, no final eu não ia gostar, ou aprovar o resultado, porque novas ideias iam surgir, bagunçando as primeiras, num raciocínio permanentemente incompleto, em espiral, algo confuso?, mas de fato angustiantemente sem fim. E tudo isso por causa de apenas UM vídeo. Um vídeo, bem editado, com conteúdo interessante, mas não absoluto, e que, mesmo com todas as ressalvas possíveis, estabeleceu muitas conexões na minha cabeça (e na sua tb, não?), a ponto de eu desistir de explicá-las antes mesmo de começar, exatamente como fazem os jovens descritos no vídeo: eles desistem de explicar e apenas agem. O seu pensar é o agir, que a internet e seus diversos recursos de compartilhamento oportunizam. Eles não têm um modo de pensar linear. Nem um modo linear de fazer. E isso tem a ver com a próxima afirmativa, tb tirada desse vídeo)

> É natural começar uma coisa e terminar em outra. Rende texto. (eu não sei como esse texto vai acabar. Ele não vai acabar na real. E eu não vou me preocupar com isso, porque senão sequer este post existiria. A infinidade de assuntos e insights a partir desse vídeo reflete a linguagem da internet, ou o seu jeito de ser, de mil abas e mil cliques, que vão se abrindo paralelamente... ou na verdade é a internet que, de modo espetacular, acaba por refletir as nossas conexões mentais? Uma vez uma professora que estudava o fenômeno me disse isso, maravilhada: a internet, o caminho dentro da rede, a série de links clicados permite conhecer o raciocínio feito pela pessoa que clicou aquilo. Antes da internet - ou do computador - isso era impossível).

> O normal é chato. Ao invés de neutralizar as diferenças, se tornou cult expressá-las. Rende texto. (no final das contas, querer que um texto explique tudo isso seria normalizar o não-normalizável, neh? Normalizar (no sentido de aparar as diferenças) o pensamento, quando ele fica muito mais legal bagunçado (ou mais criativo). Na raiz motivadora de quem escreve há uma pretensão de explicar o todo, encaixotando uma realidade. Leva-se tempo para isso. Muito tempo. Um tempo que não temos. Por isso, quando os intelectuais terminam uma tese provavelmente ela não serve mais para grandes coisas, porque a realidade já mudou 100 vezes. Diga o que vc tem a dizer agora, não espere encerrar o assunto, solte sua ideia, ela vai se juntar à outra, e o melhor conceito vai ser a soma de muitas).

> Unir trabalho e lazer. Rende texto. (culhão para assumir o que quer fazer na hora que quer fazer garantindo que o trabalho vai estar pronto na hora que precisar que esteja pronto, sem precisar bater a porra do ponto, nem ficar sentado o dia inteiro atrás de uma mesa, como uma samambaia)

> Catalisadores de mudanças. Rende texto (pensa nas grandes mudanças em sua vida. Quem ou que as motivou? Esse que ou esse quem, na verdade, conseguiu mobilizar a sua porção jovem. Vc a carrega pra sempre, não importa a idade que tenha. É aquilo que te tira da zona de conforto. Quando vc diz sim prum desafio, vc está sendo jovem.)

Enfim, esse vídeo rende um monte de textos, que eu não vou escrever (o outro nome disso pode ser preguiça). Porque não tenho certeza de nada. De certo modo, as certezas são coisas mortas (por que eu perderia tempo indo atrás delas aqui?).

E esse desemparelhamento entre o que pensamos e a realidade, uma coisa numa velocidade e outra coisa em outra, me lembrou uma coisa que eu escrevi aqui.
Agora há pouco, fui escrever "faço lanche" e, quando vi, estava saindo "Façhe", porque a minha cabeça foi mais rápida que meus dedos. Quando eles tavam no ç, ela já estava no che.

E o que isso tem a ver com o resto do texto? Deve ter, porque lembrei disso pensando em tudo isso que tah no post... Mas não peça explicações. Não há tempo para elas. A essas alturas, seu Facebook, seu twitter etc tem novidades e você está perdendo. Quando lembrar de mim novamente, eu já estarei em outra...

tipo, agora lembrei de uma sensação q tenho quando vou entrar na sala de cinema e cruzo com as pessoas que assistiram a sessão anterior: me sinto tipo inferiorizada... não é bem isso, mas é tipo isso... A gente sai diferente de uma sessão de cinema. De qlq experiência, na verdade, mas ali, naquele momento, isso fica muito flagrante. Eu sou a pessoa sem A experiência cruzando com as pessoas que já tiveram A experiência.

o vídeo lá em cima diz isso... necessidade q temos de filtros para organizar experiências, que são muitas a todo momento.

... e esse post não acaba mais...
desculpa. Onde eu desligo?
tchau.
tenho um monte de texto de trabalho pra fazer e tô aqui, no bLOg... (trabalho x lazer, putz, voltei pro vídeo... tah, fui. sério. fui mesmo.)

Ah!, faltou dizer que conheci o vídeo através do twitter, o que acabou me levando pra este site, que tem um texto bem legal sobre o tema, ou oS temaS.

Bem juntinhas

Bem juntinhas
eu e a Búio