Não foi o caso hoje, porque tinha vento na cidade toda, mas na Beira-Rio acontece um troço estranho. Você está lá, no meio do vento; quando termina o treino e pega a Ipiranga, dando as costas para a Beira-Rio, é como se uma porta se fechasse atrás da gente. O vento para*, o bafo/calor te abraça como um amigo chato. E só se desgruda na ducha mais próxima. Quando isso acontece, tu tem certeza de que, enquanto pedalava na Beira-Rio, estava em outra dimensão.
Mas o vento hoje... Contra o vento, ficou maior a vontade de eu e a bicicleta nos transformarmos em eueabicicleta, uma coisa só. Então, quando vejo, tô tão socada nela que machuca. Firmo o braço, me esmago no banco e acho que acabo desperdiçando força, não sei.
Na quarta vez que ía contra o vento, me irritei. Arranquei o velocímetro e... Arranquei o velocímetro e... guardei na bermuda (heheh, meu máximo de irritação). Sem saber quanto faltava pro final do treino, pensei em pedalar até que a Montana começasse a exalar cheiro de churrasco velho. Nada a ver neh? É. Tô brincando. Eu tinha idéia do quanto faltava em km sim.
Decidi que contra o vento ia tentar manter um ritmo de giro independentemente do resultado em km/h. Teria de haver um. Uma perna girando depois da outra, só isso. E que ia brincar também. Brincar com o pedal e a sapatilha. Uma hora eu ia girar empurrando 0 pedal concentrada na ponta do pé. Outra hora, ia pensar no calcanhar, pensar na força no momento da retomada (se é que existe retomada em giro heheh). Não sei se consegui me concentrar totalmente, mas o treino que parecia interminável terminou.
Ducha.
*aiê! sem acento... ??? sei não.
2 comentários:
Bah realmente, acordar dia 1 de janeiro e ir pedalar já é algo muito duro. Quando vi que tinha que fazer 65km naquele vendaval...ihh que tortura... só queria me esconeder no clipe e tentar acabar o quanto antes o treino... hehehe... nem o Ipod dava para escutar pq o vento fazia um barrulhao!!! heheh!!
e essa chuvarada hoje? volta, vento...
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