29 maio 2011

Keep on moving

Treinar é ir pra guerra.
Fazer yoga é voltar pra casa.

*

Treinar é denso.
Yoga é sutil.

*

O corpo moldado pelo treino combina com o yoga. (por q combina? não sei... tô pensando mais sobre isso)
O espaço interno aberto/expandido com o yoga acomoda as sensações do treino.

*

Tô apenas começando. E talvez nunca saia do começo quando o assunto é yoga. Mas... quero mais de tudo isso. E uma das máximas do yoga é: avançar sem querer chegar a lugar algum. (Pra isso, preciso desaprender tantas outras máximas herdadas involuntariamente ou reforçadas pelo roldão do cotidiano.) Não há chegadas, não há competições. Divertir-se com o caminho é melhor do que a expectativa pelo grau de prazer da chegada. O caminho é chegar. Keep on moving*.

falar é fácil... e isso q eu tomo o maior cuidado com as palavras.

*obrigada pelo tweet, @lulubrito! Acabou q deu nome pra este post :)

28 maio 2011

Meu nome é Luna. Pit-Luna. Mas pode me chamar de Bubis


A Luna me dá certeza de que os cães atuam numa outra sintonia.
Até bem pouco tempo eu quase caí na conversa de que os gatos são mais admiráveis do que os cachorros por sua independência e eterno ar blasé. De que os cães eram uns bobocas: não importa o que acontecesse, eles permaneciam fiéis. Que vc podia brigar com seu cão que logo em seguida ele vinha todo bobo, sacudindo o rabinho, demonstrando com isso ser... um boboca.
Nada disso. Acho os cães admiráveis justamente por isso: a total falta de rancor. A fidelidade acima de qualquer coisa. A fidelidade a algo maior. Talvez isso explique porque é sempre um cachorro que acompanha um mendigo, e não um gato. Nada contra os gatos. Eles têm poderes, respeito.
A Luna é assim de maneira imediata: vc briga com ela, vc está brigando com ela, e ela está quase que imediatamente arranhando suas pernas, pedindo colo, como que com pressa de pôr fim à discussão e fazer logo as pazes.
Essa sensação de que os cães atuam numa outra sintonia tem a ver com uma outra coisa também: eles não atendem especificamente ao nome que ganharam. Eles atendem ao tom ou à porção de carinho que vc coloca na palavra com a qual os chama. É como se o grau de carinho das pessoas queridas tivesse um código, um código de barras, que os cães registram em seu sistema. Falo isso porque costumo colocar muitos apelidos nos cachorros. Minha família toda é assim. E eles, os cães, atendem a todos os apelidos. O que me faz pensar que eles atendem a algo invisível (ou inaudível) e não exatamente à soma de sílabas frias.

A Luna é Luna, mas também é:
- Bubu
- Búio
- Lunex
- Pit-Luna
- Lunevsky
- Bubi
- Chulepinha
- Menininha
- Mixiguana
- Mixiguaninha
- Bubis

***

Se bem que... tah certo mesmo: não é o que dizemos, mas como dizemos; não é o que ouvimos mas como entendemos.

02 maio 2011

Roubos (9)

Sei que uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa.
Mas...
o fato é que entre uma conversa sobre minuto/segundos/centésimos de série, 'n' repetições de pista, quilômetros de ciclismo com média de velocidade tal, potência de pedaladas etc etc etc e outra conversa sobre isso aqui, eu sempre vou me interessar INFINITAMENTE mais por essa última.
A entrevista do link é longa, mas acho que vale muito a pena ler o que a entrevistada diz sobre experimentar esportes/atividades físicas.
Não consigo entender treinos baseados apenas em números. Me esforço, porque vejo amigos fazendo isso, mas no fundo, no fundo, no fundo, o resultado do relógio me diz/responde muito pouco sobre o que realmente me interessa.
Acho que relógios só poderiam ser levados tão a sério como são se vivêssemos em laboratórios, tipo em "condições ideais de temperatura e pressão".

Pra mim, o que o relógio tah dizendo pode ser apenas o começo de um raciocínio, ou uma consequência entre tantas. As sensações de um treino/uma prova são muito mais importantes (e fartamente cheia de informações sobre nós mesmos). Só que dão trabalho para entender. Esse é o ponto.

Roubos (8)




Bem juntinhas

Bem juntinhas
eu e a Búio