02 maio 2011

Roubos (9)

Sei que uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa.
Mas...
o fato é que entre uma conversa sobre minuto/segundos/centésimos de série, 'n' repetições de pista, quilômetros de ciclismo com média de velocidade tal, potência de pedaladas etc etc etc e outra conversa sobre isso aqui, eu sempre vou me interessar INFINITAMENTE mais por essa última.
A entrevista do link é longa, mas acho que vale muito a pena ler o que a entrevistada diz sobre experimentar esportes/atividades físicas.
Não consigo entender treinos baseados apenas em números. Me esforço, porque vejo amigos fazendo isso, mas no fundo, no fundo, no fundo, o resultado do relógio me diz/responde muito pouco sobre o que realmente me interessa.
Acho que relógios só poderiam ser levados tão a sério como são se vivêssemos em laboratórios, tipo em "condições ideais de temperatura e pressão".

Pra mim, o que o relógio tah dizendo pode ser apenas o começo de um raciocínio, ou uma consequência entre tantas. As sensações de um treino/uma prova são muito mais importantes (e fartamente cheia de informações sobre nós mesmos). Só que dão trabalho para entender. Esse é o ponto.

5 comentários:

Sílvia Paz disse...

Muito legal o texto, amei.
Eu sou uma apoiadora da atividade física e acho que ela pode fazer maravilhas, por isso tb trabalho com ela, foi onde me encontrei, e hoje encontrei o esporte que me identifico.
Acima de tudo,o mais importante na atividade física é o prazer, o alto conhecimento, mas chega um ponto que vc quer mais, quer ir mais longe, quer desafiar a vc mesmo, ver até onde vc pode ir, quer revirar mais esse universo de sensações.
Aí entra os números, o relógio, o numero de repetições, associado as sensações físicas,climáticas, ao seu dia, seu decanso, alimentação, animo e mais algumas coisas.
E nesse grande quebra cabeça de numeros + resultado + fatores externos está vc, eu e o que isso gera em mim.
A atividade física é mágica e não vivo sem ela.
O prazer da atividade é tudo e qdo chega uma hora que a gente quer mais, aí entra o treinamento e seus numeros e repetições.
BJUS!!!

Lo disse...

sim, acho q tem a ver... mas acho que esse "querer mais", salvo raras exceções, vai nos afastando do prazer...
li esses dias que prazer é algo que surge, brota, não pode ser buscado. Qdo se busca, toma-se um caminho que tem mais a ver com desejo/ego...
um caminho q nada tem a ver com a motivação inicial...
porque os números viram o objetivo, e teu prazer/realização passa a depender deles. E isso é saudável até que ponto? (depende de cada um neh?)

há um ajuste muito fino a ser feito, um desafio ainda maior do que baixar centésimos. E um desafio pessoal, que pouco tem a ver com treinador...

será q não se pode ir longe sem abrir mão do prazer genuíno, dessa motivação inicial? quem disse que não?
ok, é um papo num nível sutil (sutil demais para alguns, chato para outros)... mas me interesso por ele.

Sílvia Paz disse...

Esse assunto é mto complexo e profundo.
Vc tem razão, mas qdo falamos de resultado em termos mais competitivo, aí eu tenho razão, porque entramos na fisiologia, no treinamento. Porém somos um todo e buscamos o prazer, o bem estar, a motivação, o resultado,um algo mais, e aí como fica?!?!?!
É acho que esse tema ainda pode gerar mta discussão da boa heheheh :)
BJUS!!!

Lo disse...

encontrei hoje mais pano pra manga aqui:

http://www.ativo.com/Esportes/Pages/Percepcoesaumentamodesempenhodoscorredores.aspx

Lo disse...

e... mais um texto a ver com isso tudo... (parece que o tema é bem atual, hein? ou, se a discussão é velha, parece que não perde atualidade)

http://linseycorbin.com/blog/view/simplify-simplify

Bem juntinhas

Bem juntinhas
eu e a Búio