12 novembro 2005

9h30

Nove e trinta é um horário tão bonitinho para acordar, né?
- Que horas tu acordou?
- Nove e meia.
Que meigo.
Talvez porque não possamos sair da cama se lamentando: é um horário digno, tende a fechar um tempo suficiente de sono mesmo que se tenha aproveitado bem a noite/madrugada.
Seis, sete, até as oito é proletário demais, espartano. Sem poesia. Então, com poesia, às nove e meia deslizamos da cama. Não saltamos dela, esbaforidos. 9h30min deve ser o horário mundial da espreguiçada, do bocejo, do sorriso monalisa ainda de olhos fechados. É o horário do despertar retratado nas propagandas do leite molico, sabe? Clean. E o em torno de 9h é perfeito até fisiologicamente, já li sobre isso. Parece que depois disso, o corpo "entende" que pode enfiar o pé na jaca (ou a cabeça no travesseiro) e aciona mecanismos do tipo 'cara amassada' o dia inteiro, ainda que você se levante ao meio-dia (ou justamente por isso).
Nove e meia, então, é o limite. Não é 10h. A partir daí, levantamos com culpa. Se não, corremos o risco de alguém nos tocar ela.
- Que horas tu acordou?
- Dez e pouco.
- Puxa, quem dera! Essa hora eu já estava cansado de estar de pé - acusa o outro.

Um comentário:

Lo disse...

Oi Mirella
Tem gente que nem é plantonista e concorda contigo. Heheh

Bem juntinhas

Bem juntinhas
eu e a Búio