01 novembro 2010

Roubos (4)

Já que tah demorado desapegar dos textos que surgem na minha cabeça... não, não é isso. De novo: já que tah difícil ter certeza dos textos que surgem na minha cabeça, só me restam os roubos. Me distraio com eles. Tem sido vários, os roubos. Esses aqui saíram de leituras rapidinhas na internet, em diferentes pequenos textos.

* * *

"... as duas belas e simpáticas professoras, já de cara me deixaram mais tranquila. Elas não pareciam pairar no ar ou deslizar sobre a Terra. Não eram caretas ou sérias demais, pelo contrário, eram engraçadas e até faziam piadas com a própria meditação. Só tinha uma coisa nelas que era bem evidente e inquestionável: elas eram felizes. Sim, mas não era a felicidade da propaganda de margarina. Era uma felicidade tranquila, que não era exibida, apenas acontecia. Como uma estação de rádio, a felicidade delas era uma frequência.

"Eu não estava feliz porque comprei uma roupa incrível ou arranjei um trabalho muito legal. Não tinha nada a ver com meu namorado, com meus amigos ou com minha família. Era como se me encontrasse estofada de algo tão sutil quanto grandioso. De repente o mundo, mesmo com toda sua feiura, simbolicamente adquiriu luz em seus contornos."

* * *

“Você pode passar a noite toda a setenta ou a dois centímetros de distância. Você pode colocar sua língua dentro da boca dela. Você pode tirar a roupa ou não tirar nada. Pode fazer sexo anal ou apenas massageá-la. O que importa é que você se relaciona com ela."

"Se colocar fronteiras entre olhar, conversar, tocar, beijar e transar, vai ter de ultrapassá-las uma a uma, de modo previsível. Se não enxergar fronteiras, nem ela nem você vai entender como foram parar nessa posição exótica no chão da sala.”


"É possível até – e sabemos bem disso – existir penetração sem que a mulher se sinta desejada. É possível que ela se sinta mais penetrada por um olhar de um estranho do que pelo membro de seu namorado. Onde exatamente começa a penetração, o desejo, o prazer, o sexo?"



Por que roubar? Explico aqui.

Bem juntinhas

Bem juntinhas
eu e a Búio