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"... as duas belas e simpáticas professoras, já de cara me deixaram mais tranquila. Elas não pareciam pairar no ar ou deslizar sobre a Terra. Não eram caretas ou sérias demais, pelo contrário, eram engraçadas e até faziam piadas com a própria meditação. Só tinha uma coisa nelas que era bem evidente e inquestionável: elas eram felizes. Sim, mas não era a felicidade da propaganda de margarina. Era uma felicidade tranquila, que não era exibida, apenas acontecia. Como uma estação de rádio, a felicidade delas era uma frequência.
"Eu não estava feliz porque comprei uma roupa incrível ou arranjei um trabalho muito legal. Não tinha nada a ver com meu namorado, com meus amigos ou com minha família. Era como se me encontrasse estofada de algo tão sutil quanto grandioso. De repente o mundo, mesmo com toda sua feiura, simbolicamente adquiriu luz em seus contornos."
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“Você pode passar a noite toda a setenta ou a dois centímetros de distância. Você pode colocar sua língua dentro da boca dela. Você pode tirar a roupa ou não tirar nada. Pode fazer sexo anal ou apenas massageá-la. O que importa é que você se relaciona com ela."
"Se colocar fronteiras entre olhar, conversar, tocar, beijar e transar, vai ter de ultrapassá-las uma a uma, de modo previsível. Se não enxergar fronteiras, nem ela nem você vai entender como foram parar nessa posição exótica no chão da sala.”
"É possível até – e sabemos bem disso – existir penetração sem que a mulher se sinta desejada. É possível que ela se sinta mais penetrada por um olhar de um estranho do que pelo membro de seu namorado. Onde exatamente começa a penetração, o desejo, o prazer, o sexo?"
Por que roubar? Explico aqui.