03 dezembro 2007

Déjà vu ao contrário

É muito comum o déjà vu, aquela sensação de já ter visto tal cena/estado em tal lugar/sentido tal coisa.
Aliás, um parêntese. Sabe que existem mais de 40 teorias tentando explicar esse fenômeno? Soube disso enquanto escrevia esse post. Googlei sobre o tema. E sabe que o primeiro cientista a estudar isso foi um francês em... caramba, 1876! Cientista francês, logo, déjà vu assim, em francês, que quer dizer "já visto".
Fecha o parêntese.
O motivo desse post: às vezes, tenho a sensação exatamente contrária da do déjà vu. Sempre com palavras. Quer dizer, já me ocorreu com cores/tonalidades em objetos*, mas é mais freqüente com palavras.
Déjà vu é aquela sensação de ter visto, estado, sentido algo que tua cabeça sabe que tu não viu, não esteve, não sentiu antes. Sensação prum lado, cabeça pro outro. Fez-se o nó (e 40 teorias a respeito... fora a tua, a minha...).
O meu déjà vu ao contrário é que às vezes olho pruma palavra e é como se a visse pela primeira vez, embora eu saiba que já a vi milhares de vezes. Sei lá, é como se achasse estranho o desenho das letras, valorizasse mais uma vogal ou outra que passou despercebida por anos...
Esses dias foi com a palavra água. Olhei pra ela e pensei, nossa, água, assim com acento no a, como águia, mas sem o i. Vira água. Aquele gu ali no meio: é como se nunca o tivesse notado.
Agora há pouco foi com a palavra tampouco. Tam. Pouco. Que é isso?!?!?!? Esse tam ali no meio. Am? Tampopo, o filme. Tão pouco. Muito pouco?
Prazer, tampouco. Nunca te vi, sempre te li.


*lembro do dia que percebi pela primeira vez, depois de uns dois anos, flores amarelas no desenho de uma almofada. Elas têm o mesmo tamanho das demais, mas só as vi muito tempo depois de notar as outras. Dois anos depois. Será que eu tenho problemas? E eu já contei que troco o 7 pelo 4 e o 4 pelo 7?
aiaiai, deixa pra lá.

Um comentário:

lu_eckhard@yahoo.com.br disse...

Dias antes de um ataque epilético sinto Vu jade. Tudo que estou acostumada a ver, ate minhas próprias unhas me parecem estranhas. A cor do azuleijo da casa que morei durante uns 10 anos, tudo. Daí, poucas horas antes de ter a convulsão tive uma alucinação , ou seja, é como se eu saísse de onde estava e me transpotasse para outro lugar, depois voltei. É bom consultar um neurologista, principalmente se vc tiver problemas de humor, tais como muito irritado, muito triste... uma área do seu cérebro pode estar "sofrendo". Mas não se preocupe, tvz com vc não seja nada, apenas uma impressão. Não quis preocupa-lo, mas como casualmente descobri hoje a palavra do episódio que sofri há anos...

Bem juntinhas

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eu e a Búio