23 junho 2010

Roubos (3)

"Tudo o que fiz nestes últimos anos (nestes últimos anos apenas? Não é desde sempre?) me interessou, mas não era nunca o que me interessava mais. (...) Esta cegueira de mim mesmo, de meu "ser profundo", foi alimentada, ampliada, pela dispersão nas coisas secundárias. (...) A ideia do número um - do essencial - hoje me parece um pouco falsa. Há um essencial do qual, digamos, há vinte anos eu fugi? A verdade é que me deixei levar demais por coisas secundárias; eu me vi na teia de relações semiprofissionais, semi-amigáveis; dispersei-me. (...) O que significa meu desejo de tornar-me "profundo'? (...) Pois é, eu queria ser ao mesmo tempo o monge meditativo em sua cela e o grande viajante intercontinental, o revolucionário chama-ardente-do-futuro e o eremita contemplativo do eterno, o asceta e o luxurioso."

roubado do livro "X da Questão", de Edgar Morin. Por que "roubar"? Aqui.

Edgar Morin... euhein?! Pois é... leituras pretensiosas... menos, menos.
Eu gosto mesmo é de ler horóscopo.

Um comentário:

Pretto disse...

Demais! Quem se pensa sempre rouba algo para se re-pensar. Tava com saudades do teu blog.
Beijos
Lucas

Bem juntinhas

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eu e a Búio