24 setembro 2009

Meu Sonho

Me sinto especialmente livre com uma mochila nas costas.
E, se eu já treinei, já comi e tenho alguma ideia borbulhando em mim, essa sensação se desdobra, cresce como se tivesse fermento e acho até que me sinto mais alta. ;)
Saio por aí, sem pressa. Foi assim que parei na melhor mesa do Tortas do Parque, ali na esquina da José Bonifácio com a Vieira de Castro. Queria um café. Ganhei um na moka.
Nem esperava passar por ali, nem lembrava que o Tortas do Parque existia, nem cogitava acertar a melhor mesa e a melhor hora para sentar na melhor mesa.
De costas para a parede, no nível superior, ao lado da escadinha, de frente pra porta, cujos marcos recortam a esquina, Redenção lá no fundo, o verde das árvores em primeiro plano e, entre os galhos delas, o sol encaixado no canto direito. Ele entra devagar, na tarde que já avança para o começo do fim, iluminando mesa, moka e xícara, neste que parece, enfim, o primeiro dia real de primavera. Aroma de café no ambiente e música agradável.
Pensei em várias pessoas que podiam estar ali comigo, compartilhando o visual, os aromas e as sensações. Não, não me senti sozinha. Pelo contrário. Ao pensar nessas pessoas, lembrei da Loraine que sou com cada uma delas e me senti muito bem acompanhada - por mim mesma. Se eu disser que, nesse momento, enchi meus olhos d'água vai parecer muito juca?
Eu não me importo de ser juca. Emoção tem uma força sutil nada juca. E eu respeito muito as sutilezas.
Na rádio, começa a tocar uma música nova do Paralamas do Sucesso. Boa demais. Que eu tenho adorado ouvir. Acho que foi um sinal do bem.
Escuta ela aqui.
Mochila nas costas, mais ideias, lá vou eu. O primeiro dia real de primavera ainda é meio frio e o café quentinho me conforta até a próxima parada.

Um comentário:

Fernanda Souza disse...

Melhor coisa do mundo é se sentir bem com a gente mesmo!

Bem juntinhas

Bem juntinhas
eu e a Búio