Sempre que eu vejo uma foto bacana, e eu adoro fotos, sempre que eu vejo uma, o primeiro pensamento que tenho é o de entender onde estava o fotógrafo. A posição escolhida por ele, ao acaso ou não, foi fundamental para o resultado.
E aí que esses tempos me dei conta de que isso não vale apenas para as imagens clicadas por aí. Vale para os atos, as ações das pessoas. A partir deles, você consegue perceber, ou ter alguma pista, de onde estava, em qual posição, em qual mundo, em qual nível, em qual vibração estava aquela pessoa autora daquela ação ou reação.
Claro, não funciona com todo mundo... Não vamos perceber isso naquelas pessoas que não nos interessam, para as quais nossa atenção não está voltada (ainda que elas estejam nos dando essa informação).
Acho que a percepção também ocorre com quem age. Revelamos a nós mesmos onde estávamos, ou a que vibração estávamos presos, quando agimos/reagimos desse ou daquele modo. Claro, isso tudo se você tiver um mínimo de sensibilidade e se achar que refletir sobre o que faz é uma necessidade.
Daí dá para parar e olhar um "álbum": que "fotos" tenho acumulado? Que cenas fazem parte da minha vida?
Tem gente que não perde tempo com nada disso, porque acha que a vida é só um amontoado de momentos desconexos, sem consequências... que é isso aí mesmo..., sem paradas para entendimentos ou tentativas de.
Entender o quê? Para quê?
Independentemente do resultado do ato/ação/reação (ou seja, é preciso perceber além das aparências), o lugar que escolhemos e do qual agimos pode nos absolver ou nos condenar. Também revela um pouco do que somos feitos. Por isso, se relaciona, ainda, à nossa capacidade de ganhar, inspirar (ou não) a confiança dos outros. O lugar, a posição escolhida, está ligado à natureza e à grandeza de nossa intenção.
Não?
Ok, cada um com seu jeito de ser.
Só que... acho que dificilmente se fará uma graaande foto se não se levar em conta a vibração, o lugar escolhido para ficar e chamar de "minha vida". (e, se é para continuar as metáforas, dá para dizer que grandes fotógrafos costumam se arriscar em busca "DAQUELA" cena.)
Aliás, não se fará foto alguma. Nunca. (ou até se fará, mas se evitará mostrar, por vergonha ou por desprezo mesmo, desconsideração pelo que passou.)
Tudo bem? Tudo, dá para viver sem fotos. Isso será um problema apenas se você gostar de fotos. E de álbuns.
Ó, mas eu tô falando de fotos de verdade. Aquelas que têm a tua cara. Não vale copiar as cenas de outros, nem se pendurar na cena de outros, tah? Nem comprar cartão-postal. Jogue limpo.
Até porque é fácil reconhecer quando temos uma foto de verdade e quando não temos. Uma dica que li uma vez: olhe os olhos das pessoas que estão na foto. O olhar revela a cena que é verdadeira e a que não é.
Os olhos nunca mentem.
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