06 janeiro 2010

Um brinde a

E, nesses dias de ócio (criativo, pensativo, contemplativo, preguiçoso mesmo, inútil, útil, visionário, ilusionário, solitário...), algumas descobertas, alegrias, pequenos prazeres...

> A Lua Cheia na noite do réveillon foi ou não foi o melhor da virada? Um presente dos céus, literalmente. Blue Moon, a 13ª lua cheia do ano, acontece nessa época a cada duas décadas... e ela encheu completamente às 13h13min do dia 31 (13-13-31), para chegar à noite daquele jeito que foi: absoluta no céu. Ouvi ou li algumas coisas a respeito. O fato é que amei o presente. Lindo demais. Grande demais. Luminoso demais. Parecia que alguém segurava um canhão de luz gigantesco, brincando com os habitantes da Terra.
Aliás... no exato momento em que sua taça tocou em outra, no brinde, vc pensou no quê? Eu me surpreendi com o que, espontaneamente, pensei.

> Avatar tem lá seus momentos-Titanic, acho até que rola uma Céline Dion se esganiçando no final, mas é um baita filme. E eu me convenço disso na medida em que os dias passam, e já passaram vários, e me distancio dele. Insights vão surgindo.
Não lembro de ter visto algo parecido em termos de visual. Assiste em 3D. É demais. Não concordo com quem vê nele apenas um discurso esquerdista, de os fortes oprimindo os fracos e blá, blá, blá. O melhor de um filme dificilmente está na superfície, na história aparente. E, puxa vida, Avatar está cheio de simbolismos, cheio de detalhes. Eu escolhi os meus. Os clichês de um filme dependem muito do repertório de quem assiste. Se você só viu clichê, talvez não seja apenas "culpa" do James Cameron.
Aliás... como pode todo aquele visual ter saído da mente de um cara?

> Me esforcei, tentei ser o mais isenta possível, na medida do impossível!!, mas... na contramão do que li ou ouvi comentarem, não vi NADA de extraordinário em 500 Dias com Ela. Ok, tem uma embalagem bonitinha, edição moderninha, tiradas engraçadas, e só.
O cinema não está aí para repetir na tela o que a gente já sabe, faz e, vá-lá, aceita. Não quero que um filme justifique a condição limitada de ser dos humanos. E esse parece justificar. Se você sai da sessão pensando "bem, a vida é isso aí", então tenha certeza de que o filme, como filme, como arte, não valeu. Arte não pode refletir a normalidade, a média, porque a normalidade e a média puxam para baixo - ou no mínimo nos faz estacionar. Não pode explicar tudo. Tem de deixar na dúvida. Qualquer forma de arte tem dizer de algum modo: "ei, babaca, você pode ser melhor do que isso, por que não tenta?".
Aliás, o filme me lembrou muito Ensaios de Amor, de Alain de Botton, alguém leu? E o livro é de 1993!!

*

Deixa eu ver o que mais... ah sim!

> Correr à noite. Já disse aqui que correr é a segunda coisa que eu mais gosto de fazer na vida?
> Fim de tarde no Pimenta Rosa, ali no Jangadeiros, e o Guaíba logo ali.
> O quiche do MercoPan, aqui, no início da Ijuí. Isso se você resistir aos doces uruguaios...
> Pão-frescura no Carina Barlett, ali na Vasco com a João Telles, num prédio bacana. Porque pode vir com a lasanha que for, pode ser o spaghetti do papa... no reino das massas, eu gosto mesmo é de pão. E eu tô falando até de cacetinho com chimia de uva.
> Banho de madrugada.
> Vinho branco gelado.
> Cerejas in natura (em promoção no Zaffari! ou terá sido no Nacional?).
> Banho de chuva.
> Paçoquinha.
> Dirigir ouvindo música.
> Gente bacana que conheci em função do trabalho.
> O Cemma.
> Café preto feito na hora, pra acordar da soneca depois do almoço. Com muuuuuito açúcar mascavo.

Hmm. acho que é isso...
Missão à vista? Desarmar. Me acomodar na platéia e assistir no que tudo vai dar.

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