
Detalhe técnico: esse frio na barriga pode irradiar para um arrepio nas costas, viu? E o contrário dele é o gato embolado. Atenção, porque o gato embolado no estômago é quando tem algo errado, amargo, ruim. Arrepio é refrescante, tipo brisa do mar. É o chamado da coragem. Gato embolado é abafado, é conluio com a covardia, quando a gente se mixa, se encolhe ou é atingido pela mixaria e pelo encolhimento vindos de fora.
Por que ambos são nessa região do corpo? Acho que pode ter a ver com os chacras localizados ali. Será que não? O gato entope o chacra, e o arrepio liga-o, ilumina-o.
Pode acontecer, ainda, uma terceira sensação, que parece a mistura do frio na barriga com o gato embolado. Bah, daí é um trabalho para o Jack Bauer. Ou pro James Bond. Ou pra Lara Croft. Ou pro Pedro Bial. Ou pro Obama. Assim, ó: nesses casos..., sei lah, apura os 9 sentidos. E espera. Se der.
Então, ontem, sem frio na barriga (mas também sem gato embolado, ufa), saí para 21km noturnos (foto com merchandising para o power gel). O mais legal do percurso? Quando a gente passava por trás da quadra da Imperadores do Samba, quase próximo do retorno. O som da bateria da escola de samba arrepiava os cabelinhos do braço (quase as costas tb!) e abria a passada de todo mundo. Como um grande e invisível empurrão.
Corrida e paradinha de bateria combinam!
Post-trivial, esse. Em geral, consigo falar sobre sexo dos anjos e trivialidades enquanto rumino, nos fundos do pensamento, um assunto mais importante e significativo pra mim. Como se eu ficasse selecionando o que sai e o que não sai, na portinha que dá para varanda, onde todo mundo tem acesso. Pro palco, onde tem platéia. Fico ali, empurrando o que pode sair e se exibir e o que ainda precisa ficar nos fundos mais um pouco. No camarim. No backstage.
Vc tem backstage?
E frio na barriga?
E gato embolado?