29 janeiro 2011

É uma Brastemp

Esse vídeo foi "o" assunto do dia no twitter. E acho que tem a ver com o post anterior, no qual eu contei um pouco do que ouvi durante a Semana ARP da Comunicação, onde, entre outras coisas, se falou/conversou sobre o futuro das marcas. E eu contei ali da necessidade da verdade. Da necessidade de as marcas/empresas fazerem mais do que dizerem que fazem. E associei tudo isso a uma postura mais ética ou a um conjunto de valores/virtudes. É certo que sim, mas o que força as marcas e as empresas a reverem suas condutas não é necessariamente suas consciências, não é necessariamente o deitar-a-cabeça-no-travesseiro-e-dormir-tranquilo. É isso que, de modo macro, se está cobrando sim, mas, na prática, o que ajuda a tornar a ética, a verdade um bem de qualquer negócio hoje é simplesmente o fato de que nada mais fica escondido, nada mais fica entre A e B. Tudo fica conhecido. As redes sociais vivem da transparência.

O vídeo.
http://www.youtube.com/watch?v=riOvEe0wqUQ&feature=youtu.be&a

Fica claro que algum estrago na imagem da marca isso deu. Mas quanto? Fica claro que isso vai movimentar a empresa internamente. Parece que algo, alguém ou algum processo dentro da empresa não está, na prática, alinhado ao que a marca promete quando fala de si. O que isso tem a ver com a gente? Se coloca no lugar do funcionário. E pensa no teu trabalho/na tua profissão. Não há mais espaço ou tolerância para quem trabalha sem acreditar no que faz. Porque, se tu não acredita no que faz, não entende, não veste a camisa, uma hora tu relaxa, se larga, faz as coisas "nas-coxa". E isso, mais do que atrapalhar a empresa, nossa, isso vai te comendo por dentro, vai te estragando por dentro. E disso que se falou na Semana ARP. Um dos que melhor falaram disso foi o Anselmo Ramos, da Ogilvy. Abaixo, alguns trechos dos hábitos/virtudes/atitudes que ele acha que precisam ser fomentados todos os dias:

Coragem
Coragem é o mais importante de todos, impulsiona todos os outros hábitos. O medo é o pior dos vícios. O que não falta na nossa indústria é cérebro. O que falta é coluna vertebral, gente que faça acontecer.

Idealismo
É preciso haver propósito, um ideal. Se você trabalha em um lugar e não sabe qual é, cobre. Só o dinheiro não se sustenta como ideal. Temos de acordar todo dia e saber por que estamos indo trabalhar.

Desdenho pela mediocridade
A gente acorda todo dia e tem uma escolha: se vai ter um dia médio ou não-médio. É uma escolha.

Sinceridade
A importância de ser brutalmente honesto. O tapinha nas costas atrapalha o trabalho. Deixar de falar o que a gente realmente pensa é mais fácil. Se falar, gera desconforto, raiva, mas é o melhor a longo prazo. É melhor ter uma conversa desconfortável do que fazer de conta que está tudo bem.

Intuição
Às vezes, a gente precisa de números demais, o tempo todo, para confirmar o que já sentimos como certo. Temos de ouvir mais a voz interior. Carl Young dizia que intuição é a percepção via inconsciente.

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