23 novembro 2009

2012, 93 e eu não sei o que os pinguins fazem aqui

Fui assistir a 2012 no cinema porque eu queria abduzir a minha mente por duas horas. Consegui.
É tão, tão, tão cheio de clichês que constrange. Para colaborar, a gente na cadeira meio que olha pro lado, mexe no cabelo, consulta o relógio, dá uma olhada no celular, pra evitar o cara-a-cara com o clichê, fazer de conta que não viu, porque é demais. Mas tudo bem. Não acho que não tenha valido a pena o ingresso. Não, não acho. Valeu sim.
Eu até chorei! hahaha É verdade que choro até em comédia, mas não é verdade que choro por qualquer coisa... Não, não e não! Eu choro por coisas inusitadas nos filmes, às vezes... Não é óbvio. Deixa eu pensar um exemplo... hm... hmm...
Lembrei: eu não chorei na Marcha dos Pinguins. Aliás, eu tinha vontade de rir muito enquanto assistia ao documentário. As pessoas ao meu redor fungando, assoando o nariz, em lágrimas, eu olhava para elas, olhava pra a tela, olhava para elas, olhava pra tela e pensava.. hellooooo, gente?!?!? Por q vcs estão chorando??? Aquela narração do filme, um texto sofrível, aquele monte de pinguim enfileirado, saltando pocinhas, geleiras, geleiras, geleiras... Vou te contar... Ri muito, por dentro.

2012 me lembrou outro filme, que vi há um tempão, o Voo 93, sobre o 11 de setembro. O que melhora o Voo 93 é justamente o que piora o 2012.
Assim: Voo 93 é tão absurdo, tão sem q nem pra q, que o que o torna "bom" é o fato de aquilo tudo ter acontecido de fato. Em 2012 é o contrário: o fato de existir uma profecia maia sobre o fim do mundo, e isso por si só já ser tratado de forma meio torta pelas pessoas, pejorativa, só joga contra o filme. Acho que as pessoas o receberiam de outra forma caso fosse apenas uma ideia nascida na cabeça de um diretor ou de um roteirista.
E, depois, tem uma coisa... é difícil mesmo "filmar" o fim do mundo neh? Coitados dos caras... (se bem que eu acho que eles se divertiram muito quando vi a cena dos carros como alternativa para salvar todo mundo no avião). Como vc faria um filme sobre o fim do mundo sem encher ele de clichês? Na boa, então: paga o ingresso, senta na cadeira e relaxa. É cinema! Não é para ser real. Ao menos, espero que não.... não em se tratando de 2012, assim, tão pertinho agora.
Mas o mais importante a dizer sobre 2012 não é isso. É outra coisa. Anotem aí, é muito importante. Ponto final, nova linha, travessão:
- o Sasha não precisava morrer, ok? Não precisava.

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