17 agosto 2008

Bumerangue

Tá, eu vou falar sobre o Phelps. Me deixa. Deixa eu falar. Me solta, vai. Eu vou falar.

Seguinte.

... annn...

Michael Phelps é feliz?
Ok, sei que é chato isso de eu querer saber se as pessoas são felizes, mas eu realmente tenho essa pretensão, não pelas pessoas, mas pela coisa. A felicidade.
Já li/ouvi/provei que ela está em pequenas coisas, que de tão sutil não notamos, e só na ausência dela nos damos conta de sua passagem... a danadinha. Já li que "nada impede mais a felicidade do que a própria lembrança da felicidade"... enfim. Escorregadia essa felicidade.
Mas não me canso: Phelps é feliz?
Phelps teve escolhas e soube fazê-las, acertou seu destino, correu (ops, nadou) pra ele sem dúvidas, questionamentos, receios, medos? Foi isso? E, então, é feliz? Foi experimentando ela, a felicidade, nesse caminho? Foi isso?
Li que ele não tinha tantas opções assim. Que não ia bem em coisa alguma até um técnico de natação o descobrir. Será? Sempre temos opção. Ele podia dizer não à natação. Não disse. O que o fez dizer sim? Destino? Mas destino não quer dizer ser feliz...
Já li que ele só treina. E come. E dorme. E foi aí que a impressão se instalou em mim: a de uma prisão. Fazer uma coisa só por tanto tempo... Por mais que ele tenha se tornado Michael Phelps, o nome de uma olimpíada inteira. Por mais que tenha feito pela natação o que o Pelé parece ter feito para o futebol, algo por aí (com o perdão da comparação clichê).
Ainda assim, a sensação de prisão.
E aí todas as perguntas que empurrei pra fora de mim se voltam agora, como um bumerangue, numa outra. Única: o que faço eu com toda a minha não-prisão-de-phelps? O que faço eu com toda a liberdade que julgo não existir na vida de Phelps?

Da série "Mundo MSN"
hehehe
rsrsrs
hihihih
kkkk
:)
hahahaahaha
(risos)
ou....
aqueles bonequinhos?

Da série "Não somos só matéria"
Ainda vou descobrir o que é esse arrepio que sinto em um dos lados do corpo quando me emociono. Aconteceu assistindo a provas da olimpíada, mas rola também diante uma história bonita.
Alma penada?

Da série "Me dá um pouco dessa autoconfiança aí!"
Phelps ou Usain Bolt?

Da série "Como eu acabo essa postagem, hein, carácoles?"
Li ou me disseram que, quando algo triste/ruim acontece com a gente, acessamos todos os algos tristes/ruins anteriores. E então choramos por todas as dores que já tivemos, desde o útero da mamãe. Que coisa forte.
O contrário podia acontecer também. Quando algo bacana/prazeroso acontece, sorrimos e nos emocionamos também acionando todos os prazeres e as bacanices anteriores. Mas isso eu não li, nem me disseram.
Eu tô dizendo. E acho possível estar certa. Por que o contrário não valeria? Nem que seja por justiça divina ou só por efeito bumerangue.

Eu já escrevi sobre a minha teoria do arco-dos-antônimos-complementares?
Acho que, se procurar, sou capaz de encontrar o guardanapo onde a desenhei (sim, precisa de desenho). Eu estava numa mesa de bar. A teoria precisa de, digamos, estímulos para ser entendida.

4 comentários:

Srta. PENÉLOPE disse...

ahhaha!!!!Como sempre né, mana, ilária!!!!!!( o engraçado disso q também me fiz esse questionamento sobre a FELICIDADE desse cara - talves coisa de gêmea - mas com certeza não saberia escrever com tal sensibilidade....)...AGORA O Q + ADOREI FORAM AS SÉRIES,ahahhahaa!
bj..também ti amú!!!rsrs

Ana Prade disse...

Olha Loraine...
Eu acho que o Michael Phelps é o cara mais feliz do mudo!! (tá exagerei um pouco). Mas com certeza é feliz.
Particularmente, eu adoraria esta prisão. Se pudesse, viveria de(o) esporte, 24h por dia!! É uma questão de personalidade, de gosto... Quantas coisas me fazem feliz e a outros poderia ser um martírio? quem somos nós para julgar o que é felicidade para um et, um ogro, um monge, um atleta??
Como tu disseste, foi uma escolha. Foi sim! Ele escolheu entrar para história dos jogos, e se sofreu ou não foi muito feliz até chegar onde está, o que eu duvido muito, faz parte da tragetória de quem faz escolhas. Esta história de que o cara não teve opção é meio forçada, não achas?

Como eu queriaaaaaa!!!!

Ana Prade disse...

ps: traJetória
com jota!!!

Fernanda Souza disse...

Vendo o Phelps cheguei a conclusão que nunca serei boa em alguma coisa como ele... não conseguiria me dedicar a uma única coisa. Tenho tantos interesses e tantas coisas a aprender nessa vida...

Bem juntinhas

Bem juntinhas
eu e a Búio