23 fevereiro 2009

Pinos de madeira

Eu estava no Museu de Ciência e Tecnologia da PUCRS, certa vez, fazendo uma matéria, e o cara lá me falava das atrações do lugar e tal. Daqui a pouco, ele me mostrou dois pinos de madeira, grandes, presos à parede num suporte, suspensos do chão, mas acomodados numa base. 
Então, me pediu para agarrar um deles e levantar. Eu fiz. Era pesado. Madeira maciça? Ele sorriu. Agora, faz o mesmo com o outro, pediu. Eu fiz. E o levantei muito mais alto, mais rápido e descontroladamente, a ponto de ter de frear o movimento do braço. O segundo era mais leve do que o primeiro. Bem mais leve. Por isso, o descompasso.
Sim, isso acontece direto... Você lembrou, por exemplo, da garrafa que vc acha que está cheia, mas está vazia. A garrafa que vc quer pegar e aplica a força que acredita precisar para isso baseado na idéia que sua cabeça tem como referência (momentânea ou definitiva).

Foi uma experiência simples para um museu como o da PUCRS. Mas eu lembro dela, e não das outras que ele mostrou. Eu fiquei pensando nela porque era uma boa representação de comportamento, de condicionamento para outras esferas da vida. A gente tende a reagir sempre baseado em nossas referências, não apenas na hora de pegar a garrafa na mesa ou na PUC, levantando o segundo pino de madeira. 
Só que... quem disse que o que se apresenta agora na sua frente é realmente igual ao que vc já viveu a respeito daquilo? Pode parecer. Pode até ser. Mas pode não ser. 

Eu não sei vc, mas quando eu levantei o segundo pino e o movimento foi exagerado, fiquei constrangida. Depois, me diverti. Em seguida, dei graças a deus que era só um pino de madeira. E, por fim, acho que desde então fiquei com essa pulga atrás da orelha. Tudo rapidinho assim. Constrangimento + diversão + alívio + alerta amarelo. Alerta amarelo no sentido de evitar estragos no presente/no agora ao reagir (fazer escolhas?) baseada no que já foi/é passado.
Eu não sei se isso é 100% possível. Talvez os robôs consigam. 
...
Os ETs, então?

*

Outra associação possível com a experiência dos pinos tem a ver com treinamento. Me ocorreu agora essa. O segundo pino teria a ver com a semana do polimento. Mais ou menos por aí. Tô com preguiça de explicar. 
Prefiro os post sobre sutilezas. Esse do treinamento não seria sutil. Ou, como queira: prefiro os post-drama hehehe. ;)

Pô, Loraine, mas talvez a idéia de polimento seja justamente a chave para o post acima!!! Talvez coloque luz sobre aquele raciocínio aliiiii.
Hm, é, talvez. Talvez. 

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