24 novembro 2008

E o quéco?

O Marcelo Camelo (ãnh?) tá namorando a Malu Magalhães (who?). Do novo CD do Marcelo Ex-Los-Hermanos Camelo eu conheço UMA música e gosto só da parte em que ele não canta e apenas assobia (ok, valá, assoVia). Da Malu nunca ouvi nada. Minha única referência é que o cabelo dela, muderno, fica pro lado, todo pro lado, como se estivesse tomando um vento permanentemente. 
E daí?
Os dois namoram. 
E daí?
Bom, ele tem trinta-e-poucos e ela tem dezesseis-com-cara-de-doze. E daí que tem um monte de gente comentando. Tem quem analise a diferença de idades, tem quem analise se isso é notícia. Eu acho que é... Chato pra eles que é notícia, né? Desagradável mesmo, afinal, ninguém tem nada a ver com isso. Mas eu acho q é notícia porque ao menos faz as pessoas refletirem em cima de casos reais. Vai ver que os artistas e celebridades, com suas ditas vidas loucas, têm essa missão no mundo: indagar os "normais" com um Why not?.
Em geral, as certezas, as convicções balançam quando o fato em questão ocorre ao nosso lado - ou com a gente mesmo.
E balançar convicções é sempre saudável (desde que em algum momento, por algum período, alguém consiga parar o balanço; senão, enjoa). 
Fiquei pensando sobre certezas... Não é que elas não existam (como defendem alguns num discurso retórico muito cool mas pouco prático). Eu acho que algumas certezas têm mesmo data de validade, servem apenas para a gente atravessar aquele momento, aquele bosque, aquela ponte, aquele portal... Vc passa, entende, sobe um degrau e precisa abandonar algumas coisas para seguir em diante. (ok, não estou sendo muito original...) Nessa hora, uma certeza pode dizer adeus. E então não necessariamente precisa ser uma despedida do tipo cobrança ("puxa, Certeza, achei que você não me abandonaria") ou do tipo culpa ("bah, Certeza, seguinte ó, foi mal aí, eu me enganei e..."). Nem abandonos nem enganos. Pode ser uma despedida cheia de gratidão. Afinal, foi ela quem te levou até ali. 

Mas juro q não perdi muito tempo pensando nisso. Na real, qdo soube da "notícia", lembrei do Lobão numa seção da revista Trip em que os convidados comentam notícias da imprensa. Volta e meia ele respondia sobre tal coisa: "Caguei um balde". 
Adorei.
Lembra do "e o quéco?". E o quéco com isso.

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