30 dezembro 2008

Lô de lôca

Pra 2009.
É difícil, é bem difícil fazer e ser aquilo que acreditamos. Me refiro aquele aquilo tão único, tão só teu que parece absurdo, estranho, impossível. Aquele aquilo que tu quase não tem coragem de dizer pro espelho.
Não, nem vem. Se você acha fácil, é porque não está sendo e fazendo aquele aquilo mesmo. Não está, sinto informar-lhe.
Eu tenho tentado. De um jeito torto, desengonçada (embora finja bem, quase com classe), pegando umas caronas frau (frau de fraude, morô? é do teu tempo essa?), outras profundamente esclarecedoras. 

De 2008, agradeço todos os insights. Insight é aquela coisa que brilha dentro de você. Uma idéia que vem, nascida de uma imagem. Ela pá, explode na cabeça, faz arregalar os olhos, sorrir com eles, arrepiar as costas. E pum, some. É rapidinho, mas é um combustível e tanto.
Todo o resto que surge depois, em geral, tende a atrapalhar. E é aí que fica difícil. O insight dura o tempo exato de você saber o que precisa fazer. Mas o como fazer é que a questão. E nessa jornada, não falta gente pra atrapalhar. Você tem vontade de contar pras pessoas, mas, infelizmente, não é por mal, elas vão te atrapalhar. Poucas ajudam. Verdadeira e genuinamente ajudam.

Meu consolo nessa jornada meio solitária (ui! ón, ón, ón - sirene para alertar que texto pode estar escorregando na breguice) é olhar em volta e sentir que quem optou por uma coisa diferente da de ser e fazer o que realmente acredita, essas pessoas levam uma vida profundamente desinteressante para mim. 
Às vezes, eu me perco (ok, muitas vezes). Canso. Me sinto realmente sozinha (ón, ón, ón, ón), olho pra dentro, procurando aquilo em que realmente acredito e está tudo bagunçado, revirado, alguém passou por ali esculhambando tudo. Me desespero. E agora? 
Olho pra fora de novo, em volta, e as pessoas que desistiram de tentar continuam me parecendo profundamente desinteressantes. Não quero ser como elas. Então, volto a olhar pra dentro e tento achar por onde começar a arrumar a bagunça. Porque o que eu realmente acredito está ali. Bem bagunçado, mas está. Na maior parte das vezes desses momentos, eu não sei o que fazer e o que ser. Eu só sei o que eu não quero fazer e o que eu não quero ser. E é a esse começo que eu volto sempre.

Pra 2009, meu maior desejo é conseguir compreender e aceitar que meu maior desejo precisa ser esquecido. Esquecido não é bem o termo. Que ele precisa ir. Ganhar o mundo. Seguir em frente. Pra poder dar frutos. Ele precisa ir, ir, ir até bater nas paredes do Universo e voltar. Sim, é isso. Sabe quando dizem que o mundo gira, que as coisas voltam e tal? Não é porque o mundo gira. As coisas voltam porque batem nas paredes do Universo, lá no fundo, na parede que dá para o quintal do Universo, batem lá e voltam. Como é muito longe, o mundo gira para nos distrair enquanto isso. 

Ón, ón, ón, ón...

O outro meu maior desejo é, conseguindo ser e fazer aquilo em que realmente acredito, contar tudo, timtim por timtim, quando puder. Sem medo. Sei de gente que conseguiu ser e fazer o que acredita, mas não conta como. Prendeu o segredo num cofre. Com medo que lhe roubem o encanto. Ou faz de conta que não aconteceu nada demais em sua vida. Disfarça.  
Quem não conta é verdade que se protege (e pode ter lá seus motivos pra isso), mas impede os outros de acreditar que dá. De confiar que dá. E tem vezes que tudo o que a gente precisa é ouvir do treinador que vai dar sim.
 
Ón, ón, ón 
(tah, péraí que eu vou tentar dar uma melhorada nesse texto)

Eu estava pensando esses dias que a arte, que toda manifestação artística, antecipa estados de consciência. É assim desde que o mundo é mundo. Os artistas, com seus insights, suas excentricidades e suas obras, esses artistas foram incompreendidos em suas épocas justamente por isso. Ainda que refletindo características do mundo que habitavam, suas obras traziam algo de um mundo que não existia, que viria a ser. Por isso, a incompreensão dos outros. (também não sei se a arte antecipa o mundo do futuro, como se ele já existisse, ou se ela direciona as pessoas a construírem esse mundo aos moldes do que exibe... iiiiiiiiiiiiihhh)
Até aí, tudo bem? Me acompanhou? Não falei nada de novo, neh?

Então, eu estava pensando sobre o que significa a rede mundial de computadores na nossa vida. A Internet. E eu acho que ela é arte. O que ela é e o que fazemos com ela é a criação artística do homem do nosso tempo. Passo seguinte: o que ela está nos dizendo? O que ela antecipa? O que ela anuncia como sendo o próximo mundo? 
Eu acho que a palavra é: compartilhar. É esse o recado, mesmo a você que não usa a Internet. A própria rede, seu funcionamento e seu sentido no mundo, é fruto de compartilhamento. Ela é compartilhar. Ela está para compartilhar, seu sentido de existência e o que a faz renovar-se em vez de envelhecer a cada dia é o compartilhar. E o que ela anuncia como forma de ser e agir do novo mundo é isso: compartilhe. É essa condição que precisaremos levar para todos os setores da nossa vida.
E, antes disso: tenha algo (valoroso) para compartilhar. Ou seja, aprenda algo verdadeiramente. (mas como saber o que terá valor no futuro?)
Pode parecer, mas eu não sei se é fácil isso. 
A gente precisa de muita humildade para aprender as coisas. Mas de N vezes mais humildade para compartilhar o que aprendeu/entendeu.

***

Enquanto isso, na Sala de Justiça....
Fala sério que eu vou ter de reaprender a acentuar as palavras, colocar hífen etc etc etc?
E aqueles dias todos que fiquei estudando aquelas regras de acentuação na sétima série? Vão me roubar pra sempre aqueles dias, é isso? Já que agora mudou tudo, quem vai me devolver aqueles dias?
E me diz: que moral as escolas vão ter se abrir esse precedente? Tah liberado mudar tudo agora?
E se alguém decidir mudar a fórmula de báskara?
Ok, não faz falta, mas...
e a regra de 3? 
Tô fuuuuu, se mudarem ela.

***
Apesar de todos os meus defeitos, loucurinhas e draminhas, eu tenho humor.
Tenho. 
:)
Agora, deu.
Se "achega" aí, 2009. Tamu tudo te esperando.
Mas vê se chega direito, que ninguém é teu bobo aqui. Te orienta, que a gente tem muita coisa pra fazer junto.

4 comentários:

Srta. PENÉLOPE disse...

É isso aí , Mana...COMPARTILHARRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRR!!!!Sejas bem vindo 2000INOVE!!!!

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Pois é, se me tirarem a regra de 3,tô FÚ.....pq na minha profissão ela é essencial (e olha q eu falo sério, sem fórmula, sem alimentação...logo, população passando FOME...xííí!!!!:(( que situação!...É mas pelo jeito tá próximo isso, pq já estamos miseráveis de fome de letras, latim (fundamental, pessoal!!!Ai,ai, ai Prof TAPIR(resurge das cinzas,eheh!quero quero MACHADO DE ASSIS!rsrsrsr!)
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FELIZ ANO NOVO!!!

Alisson disse...

Pronto! Já estamos em 2009...e pelo jeito tu já deu uma inventada boa, brincando com o vento na tua primeira pedalada do novo ano...ou seja, um bom sinal pra que sigas buscando tuas verdades e tuas felicidades...o que importa é seguirmos adiante, enfrentando ventos, ondas, calores, amores, desamores, reamores. E eu quero pedir uma coisa: que a gente possa se ver e se falar mais, porque sei que isso vai nos fazer mais felizes!!! Beijão!!! Adri

Alisson disse...

Ops! quem escreveu o comentário acima fui eu, e não o Alisson...é que eu não vi que tava usando o usuário dele...huahahahahahah...loucura total!!!

Alisson disse...

ah! e atualizei o P de Pinguim Feliz...quero escrever mais em 2009 também!!!

http://pdepinguimfeliz.blogspot.com/

Bem juntinhas

Bem juntinhas
eu e a Búio