04 dezembro 2008

Vou entrar pra história

Por que ter/ler blogs?

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É sempre assim quando encontro algum ex-colega. 
O encontrado: "E aeh, como é q tá? Que anda fazendo?"
Eu (ganhando tempo): "Eu?"
Aí, vasculho o hardware aqui, fuço ali, fuço lá, olho atrás dos móveis e dentro das gavetas e, ah, sim, encontro a resposta: "Nada!"
Então, o encontrado ou a encontrada solta um "ah" seguido de um sorrisinho monalisa, daqueles que segura algo, não imagino o q, mas segura algo que não sai. 
É quase sempre assim. Mas ontem foi diferente. E tive uma idéia. 
Adoro ter idéias. Executar é outra coisa, mas tê-las, ah, é do que mais gosto. Eu costumava dizer que o dia que eu não tinha alguma idéia lá no trabalho era como se não tivesse trabalhado.
Ao fato, pois.
Estava eu ontem esperando o TÍ Seven na parada do ônibus depois de encontrar uma amiga quando vejo, e ele me vê de volta, um ex-colega-do-bem-quase-amigo esperando também o TÍ Seven. Era perto das 10 da noite e ele fugia da Cidade Baixa, onde mora, por conta da festunça (mistura de festa + bagunça) que os colorados prometiam fazer (e fizeram). Ele mora bem em cima de um dos tantos barbotecos da Cidade Baixa. Mas a verdade verdadeira é que ele é muito, mas muito gremista. Cara do bem ele, bacana, mas que realmente perde o controle diante a alegria do adversário. Esse meu ex-colega-do-bem-quase-amigo gosta da palavra bacana tanto quanto eu. Bacana isso. Enfim. Nos vimos e lá veio ele:
- E aeh, como é que tá?
- Tudo bem!
- Bacana. Que tá fazendo?
- Eu? (... tempoooo!...) Nada. Vagabundeando.
- Que bom! - ele disse!!! - Eu sou da opinião que, se tu vagabundeia e não faz mal a ninguém, então, tá beleza. É  o teu caso neh?
(e o sorriso monalisa pulou pra minha cara) 
- É! 

Foi nesse momento que me veio a idéia! 
A de criar o movimento dos vagabundos não-violentos. Porque o problema do mundo são os vagabundos violentos! Vim pra casa pensando em tudo no ônibus! Vou convidar um amigo designer, vagabundo não-violento que ele é também, só não sabe ainda, vou convidar ele para fazer um logotipo do Movimento pela Vagabundagem sem Violência (MVV? MV2?). Então teremos uma bandeira, um site, e depois só precisa daquele papinho de-onde-viemos-pra-onde-vamos, e parará-piriri, pronto! Entrei pra história.

***

Então, me diz: onde eu despejaria essa "brilhante" idéia (pra uma quarta-feira à noite...) não fosse um blog?! E a gente escreve, escreve, escreve. Coisa séria, coisa engraçada, coisa boba, coisa importante, viaja, viaja, viaja, e cada um pensa e interpreta dum jeito. Não tem controle. É uma viagem só. Cada um prum lado, mas todo mundo xunto-incluído.
Essa é a bossa: as pessoas exporem, exibirem idéias, boas ou ruins, bregas ou brilhantes, não importa. Confiar nas conexões possíveis e impossíveis que fazemos diante os outros, e estes outros também fazem quando nos lêem. Essa é a revolução. Muitos não acham. Mas é que acreditam que revolução precisa de barulho e palco. Não precisa. O sutil tem força.

Ok, esse final era dispensável, hehehe. Me entusiasmei. Ah, mas o bLOg é meu... Vai lá cuidar do teu.





3 comentários:

Pretto disse...

"A Sutíl Revolução da Vagabundagem Pacífica". Que belo nome de livro!
Muito boa, Lo!
Bj
Pretto

Lo disse...

Ainda bem q alguém me entende rsrsrsr
Valeu, Lucas!
Será que o Alberto me entenderia??

bj

Adriana Schnell disse...

Bacana...parece coisa do Luís...aliás, e mesmo que não seja, encontrei ele esses dias...sempre naquele astral reconfortante, capaz de nos fazer acreditar que tudo realmente vai dar certo no fim!!

Bem juntinhas

Bem juntinhas
eu e a Búio