21 setembro 2005

Grandes sustos (descobertas) da vida

Um dia, inevitavelmente, você se dá conta de que...

Seu pai não é um herói.
Sua mãe não é o único modelo de mulher que existe no mundo.
Se você pudesse, talvez não escolheria sua família para ser, enfim, sua “Família”.
Fora aquelas de propaganda de margarina (ou, mais recentemente, de propagandas de minivan Scenic), nenhuma família é perfeita (e na imperfeição são todas iguais).
Ler não é uma escolha: depois da alfabetização, tudo para o que você olhar que tenha letras você vai ler, mesmo que não queira.
As pessoas não dizem toda a verdade.
Ao descobrir toda a verdade, você se dá conta/decide que também não vai dizê-la para ninguém.
Você não precisa fazer igual aos outros.
As grandes decisões de sua vida foram tomadas justo quando elas não pareciam ser grandes decisões. (p.q.p.!!)
O ser humano é instintivamente promíscuo: estranhos se “cuidam”, se olham, se desejam ao se cruzarem, numa calçada, por exemplo, ainda que isso não signifique coisa alguma.
Vendedoras de lojas mentem.
Tudo fica melhor depois que a gente come.
O futuro não existe, ou você não vai estar aqui para conhecê-lo (Lembra da última vez que você falou a palavra futuro? Você só fala a palavra futuro quando está na adolescência, quando lhe entrevistam no colégio ou comentam na festa de família o que você vai ser quando blábláblá).
Você muda de idéia, e o mundo não pára para lhe tirar satisfações. (Essa descoberta às vezes coincide com o dia em que você começa a se achar muito ridícula ao cobrar satisfações de alguém...)
Alguém pode gostar muito de você. (fala sério!!)
As recíprocas na maior parte das vezes não são verdadeiras, ou no mínimo não são proporcionais.
Levou todos esses sustos e gostou.

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eu e a Búio